O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve na tarde desta quinta-feira (26) na Favela do Moinho, zona central de São Paulo, para a formalização do acordo de moradia com as cerca de 900 famílias que moram no local. Cada unidade familiar poderá adquirir um imóvel de até R$ 250 mil na modalidade de compra assistida.
“A gente resolveu fazer reparação e justiça com vocês. Eles não tratam vocês como mulheres e homens trabalhadores que querem o direito de viver felizes, ter uma casa razoável para morar e viver com a cabeça erguida nesse pais”, disse Lula em seu discurso, fazendo referência aos episódios de violência policial na comunidade e de pressão para que as famílias assinassem acordos de moradia insuficientes.
O presidente seguiu criticando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não compareceu ao ato. “O governador foi convidado para vir aqui, porque todo lugar que eu vou, convido o governador”, disse à plateia.
A portaria assinada pelo presidente dá ao Ministério das Cidades, à Caixa Econômica Federal e à Secretaria do Patrimônio da União (SPU), órgão do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos o poder de negociar os acordos com as famílias e com o governo do estado de São Paulo.
“Essa portaria não é fazendo ainda a cessão do terreno para o governo do estado, porque se a gente fizer a cessão agora, e tiverem que usar isso aqui, eles vão enxotar vocês usando a polícia. Quando estiver pronto [todos os acordos], a gente faz a cessão definitiva. Mas isso depois de garantir que respeitaram a dignidade de vocês”, disse Lula.
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