
Tentativa de marcação de território entre facções criminosas é a suspeita da Polícia Militar para os disparos de cerca de 20 tiros em via pública na madrugada de domingo (29), no bairro São João do Cazumbá, em Feira de Santana. A informação foi dada pelo coronel Michel Muller, comandante do CPRL, em entrevista ao Acorda Cidade. Segundo ele, entre as cápsulas encontradas estão munições de calibre 556, utilizadas em fuzis.
“Guarnições da 65ª CIPM estiveram no local, mas não encontraram ninguém. Porém, foram encontrados por nossas guarnições, e recolhidos para nossa averiguação, os estojos decorrentes dos disparos em calibres diversos, como 556, que é uma munição utilizada em fuzil, além de 9 milímetros, .40 e .45”, afirmou.

Segundo o coronel, essa ação é típica de organizações criminosas, dada a estrutura e o material bélico utilizado por elas. Além disso, ele citou que foram encontradas pichações em muros com marcas ligadas às facções criminosas.
“Eles fazem essa ação chamada de ‘bota a cara’, que se caracteriza por desafiar a organização adversária. Isso decorre de uma disputa territorial que temos visto e enfrentado aqui na nossa cidade. As forças policiais estão ganhando essa disputa e, quando eles fazem esse tipo de exposição, acabam, em revés, acionando as forças policiais”, destacou.
Atuação da Polícia
O comandante do CPRL ainda falou sobre como será realizado o trabalho da Polícia Militar em conjunto com a Polícia Civil para combater a criminalidade. Muller destacou que o enfrentamento será feito de forma técnica, com o devido levantamento, e com todas as cautelas para não colocar a vida de terceiros em risco.
“Passamos a fazer estudo de caso para decidir o dia da ação que será realizada para tranquilizar aquela comunidade. Vamos partir para cima; a determinação do comando é que a gente não permita esse tipo de coisa na nossa região. Vamos deliberar por ação, juntos, com a Polícia Civil, e vamos realizar uma ação forte. Pedimos à comunidade que façam denúncias, tragam detalhes, qualquer tipo de informação que possa colaborar com a polícia, tudo de forma sigilosa. Queremos prender esses indivíduos e apreender essas armas, tudo com muito cuidado, muito estudo”, frisou.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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