Debate sobre a fome como arma de guerra em Gaza ocupa livraria Expressão Popular em São Paulo (SP)

Nesta terça-feira (1), a Livraria Expressão Popular da cidade de São Paulo recebe um debate sobre a proliferação da fome em Gaza e o uso desse cenário como arma de guerra por Israel. O evento começa às 18h e terá presença de militantes palestinas, representantes do MST e espaço aberto para participação do público.

Nos últimos meses, sucessivos alertas sobre a crise humanitária na região têm sido publicados por organismos internacionais. A situação é descrita como catastrófica, com a população enfrentando escassez severa de alimentos e suprimentos básicos.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (WFP), a população de toda a Faixa de Gaza enfrenta insegurança alimentar e corre risco de fome, com 470.000 pessoas já em situação de fome catastrófica. Em relatório, a organização projeta mais de 70 mil crianças com necessidade imediata de tratamento para desnutrição aguda.

Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um comunicado alarmante, destacando que a população do território está faminta, doente e morrendo devido ao bloqueio contínuo da ajuda humanitária. Segundo a OMS, 2,1 milhões de pessoas enfrentam escassez prolongada de alimentos no território.

Para piorar o cenário, análises da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta centenas de assassinatos em locais de distribuição de alimentos. Desde que a Gaza Humanitarian Foundation começou a operar, o exército israelense tem bombardeado e atirado em pessoas que tentam chegar aos pontos de suposta ajuda.

O debate do tema em solo brasileiro é mais um dos eventos de apoio à causa palestina. Desde o início da guerra, grupos populares de todo o Brasil organizam atos de denúncia dos crimes que vêm sendo cometidos no território.

Vale ressaltar que a militarização da assistência humanitária é uma violação das normas internacionais de distribuição de ajuda. A instrumentalização da doação de comida para civis, além de restringir o acesso e ferir direitos humanos, constitui um crime de guerra.

O evento na capital paulista terá a participação das militantes palestinas Raya Ziada – ativista feminista originária da Cisjordânia ocupada – e Areej Ashhab – artista e pesquisadora com foco em práticas comunitárias na luta pela terra. Marcelo Buzetto da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores sem Terra também comporá a mesa.

Além do debate, o Armazém do Campo terá no cardápio opções gastronômicas no jantar Palestina Livre. A refeição completa inclui pratos com origem no Oriente Médio como forma de marcar a resistência pela cultura gastronômica.

A entrada é franca e o debate é organizado pela ALBA Movimientos, Assembleia Internacional dos Povos, Frente Palestina, Livraria Expressão Popular, Armazém do Campo e MST. O espaço fica na Alameda Nothmann, 806 – Campos Elíseos, região central da capital paulista.

Confira abaixo a programação completa:
18h: Abertura
18h15: Debate com Raya Ziada e Areej Ashhab – militantes palestinas
18h45: Marcelo Buzetto – militante MST
19h: Microfone aberto para o público
19:30: Fechamento com a Frente Palestina/Jantar Árabe
21h: Encerramento

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