Frio e chuva aumentam riscos de doenças respiratórias e exigem atenção redobrada à saúde, alerta pneumologista

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Foto: Sesab

Com a chegada das temperaturas mais baixas e do período chuvoso em Feira de Santana e outras regiões da Bahia, aumentam também os atendimentos relacionados a doenças respiratórias. O pneumologista Dr. José Neto, credenciado à Rede União Médica, alerta para os cuidados necessários com a saúde pulmonar nesse período, quando os quadros de asma, rinite, bronquite, gripes e pneumonias se tornam mais frequentes.

Segundo dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil cresceram mais de 30% nas primeiras semanas de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. A maior parte dessas ocorrências está relacionada a vírus como Influenza e Vírus Sincicial Respiratório, que circulam com maior intensidade em épocas de frio e umidade.

Frio e chuva aumentam riscos de doenças respiratórias pneumologista
Foto: Ascom

“O ar frio e seco resseca as vias aéreas e favorece crises em pacientes com doenças pulmonares crônicas, como asma e DPOC. Além disso, em dias frios e chuvosos, as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados e pouco ventilados, o que facilita a transmissão de vírus respiratórios”, explica o Dr. José Neto.

O especialista recomenda algumas medidas preventivas que podem ser adotadas para evitar agravamentos e internações. “Usar agasalhos adequados, manter a casa ventilada mesmo nos dias frios e higienizar roupas guardadas há muito tempo são atitudes simples que fazem diferença”, orienta. Ele também reforça a importância da vacinação contra gripe, Covid-19 e pneumococo, especialmente em pessoas com comorbidades, idosos e crianças.

Outro ponto destacado pelo médico é a necessidade de atenção com cobertores, casacos e mantas guardados por longos períodos. “Esses tecidos acumulam ácaros e fungos que podem desencadear crises alérgicas e respiratórias. Por isso, devem ser lavados ou expostos ao sol antes do uso”, afirma.

Além disso, o uso de máscaras em locais com grande circulação de pessoas ou ao sair em dias muito frios pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o impacto do ar gelado sobre as vias respiratórias. “A máscara ajuda a aquecer o ar inalado e evita o choque térmico, que é um gatilho comum para crises de asma”, pontua o pneumologista.

Com o reforço dessas medidas, é possível atravessar o período mais frio do ano com mais saúde e segurança. Para qualquer sintoma persistente, o ideal é buscar orientação médica e evitar a automedicação, que pode mascarar quadros mais graves.

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