Ativistas palestinas participam de encontro no Recife, nesta quinta-feira (3)

Na noite desta quinta-feira (3), três mulheres que atuam politicamente na Palestina participam de encontro no Recife. A partir das 18 horas, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco sedia a mesa de debate “Da Palestina ao Brasil”, evento organizado pelo Movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra (MST) e pelo Mãos Solidárias em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, com o mandato da deputada estadual Rosa Amorim (PT) e a Aliança Palestina no Recife. O sindicato fica na avenida Manoel Borba, nº 564, no bairro da Boa Vista, centro da cidade.

As convidadas são a alemã Karin Gester, diretoria da Fundação Rosa Luxemburgo em Ramalah, na região da Cisjordânia palestina; e as jovens palestinas Raya Zeyadeh, integrante do Fórum Palestino de Agroecologia e uma das coordenadoras do escritório da Fundação Rosa Luxemburgo em Ramalah; e a ativista e pesquisadora artística Areej Ashhab, integrante do coletivo Al-Wah’at, atuando com os temas de soberania alimentar, feminismo e as organizações comunitárias. O evento é gratuito e aberto ao público.

Exposição “Entre o cal e a argila”, das artistas Areej Ashhab e Raghad Saqfalhait | Al-Wah’at / reprodução

A capital pernambucana abriga uma das maiores populações de descendentes palestinos no Brasil. Segundo reportagem de 2004, na Agência de Notícias Brasil-Árabe, apesar de a presença da população descendente dos povos árabes terem grandes concentrações em São Paulo (SP) e Foz do Iguaçu (PR), a cidade do Recife é que teria o 2º maior quantitativo de descendentes palestinos naquela época, atrás apenas da capital paulista. Sobrenomes como Asfora, Dueire e Hazin são alguns dos que apontam a descendência.

Ainda segundo o texto, assinado por Inácio França, a imigração palestina para a região Nordeste tem relação com as viagens de Dom Pedro 2º ao Oriente Médio, entre 1870 e 1877, quando o imperador brasileiro prometeu à população da região (então Império Turco-Otomano) que seriam bem recebidos no Brasil. Na época, a população palestina era impedida de ter acesso à educação formal no império que dominava o território da Península Arábica ao Mar Mediterrâneo. Na capital pernambucana, muitos palestinos abriram lojas no bairro de São José.

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