As exportações brasileiras de celulose para os Estados Unidos registraram uma queda significativa nos primeiros cinco meses de 2025, impactadas pelas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. De acordo com a Câmara de Comércio Brasil-EUA, as vendas caíram 15,2% em valor e 8,5% em volume entre janeiro e maio. Somente no mês de maio, o recuo em valor foi de 35%.
O levantamento indica que, embora o fluxo geral de exportações brasileiras aos EUA tenha crescido 5% no período, totalizando US$ 16,7 bilhões e estabelecendo um recorde, metade dos dez principais produtos exportados apresentou retração. No caso da celulose, a combinação entre a aplicação de tarifas de até 10% e a concorrência com países com acesso preferencial ao mercado americano, como o Canadá, está entre os fatores que explicam a perda de espaço.

A Câmara também aponta preocupação com o déficit comercial crescente do Brasil com os Estados Unidos. Enquanto as exportações brasileiras avançaram, as importações dos EUA cresceram 9,9%, somando US$ 17,7 bilhões e resultando em saldo negativo de US$ 1 bilhão.
Outros setores impactados incluem ferro-gusa, madeira, açúcar e equipamentos de engenharia. Em contrapartida, produtos como carne bovina, sucos e café tiveram alta expressiva. Para a Câmara, o cenário exige atenção das autoridades brasileiras e esforços diplomáticos para reequilibrar a balança e preservar a competitividade da indústria nacional, especialmente no setor de celulose.
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