
Com o reconhecimento, as prefeituras podem solicitar recursos federais para ações de assistência, como distribuição de cestas básicas, água potável, kits de higiene e limpeza. Manacapuru está entre os municípios com situação de emergência por inundações reconhecida pelo Governo Federal.
José Lima/Rede Amazônica
Quase metade dos municípios do Amazonas estão com situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal devido a cheia dos rios. Nesta semana, foram incluídos Juruá, Manaquiri e Santo Antônio do Içá, totalizando 30 cidades amazonenses na lista de desastres relacionados a inundações. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (2).
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Com o reconhecimento, as prefeituras podem solicitar recursos federais para ações de assistência, como distribuição de cestas básicas, água potável, kits de higiene e limpeza, além de refeições para equipes que atuam nas áreas atingidas.
Além das 30 localidades em situação de emergência por inundação, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) também reconheceu o status emergencial a outros dois municípios do Amazonas: Barreirinha, por chuvas intensas, e Carauari, por erosão de margem fluvial.
A cidade de Borba é a única do estado a ter dois reconhecimentos vigentes, sendo um por inundações e outro por chuvas intensas.
Veja a lista completa abaixo:
Amaturá – Inundações
Anamã – Inundações
Apuí – Inundações
Barreirinha – Chuvas intensas
Benjamin Constant – Inundações
Boa Vista do Ramos – Inundações
Boca do Acre – Inundações
Borba – Inundações/Chuvas intensas
Caapiranga – Inundações
Carauari – Erosão da Margem Fluvial
Careiro – Inundações
Careiro da Várzea – Inundações
Coari – Inundações
Eirunepé – Inundações
Fonte Boa – Inundações
Guajará – Inundações
Humaitá – Inundações
Ipixuna – Inundações
Itamarati – Inundações
Japurá – Inundações
Juruá – Inundações
Jutaí – Inundações
Manacapuru – Inundações
Manaquiri – Inundações
Manicoré – Inundações
Maraã – Inundações
Novo Aripuanã – Inundações
Santo Antônio do Içá – Inundações
São Paulo de Olivença – Inundações
Tefé -Inundações
Tonantins – Inundações
Urucurituba – Inundações
Para acessar os recursos, os municípios precisam enviar um plano de trabalho por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). A equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Após a aprovação, o valor é oficializado em nova portaria publicada no DOU.
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Cenário no Amazonas
A cheia dos rios no Amazonas já afeta mais de 530 mil pessoas, segundo o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado na quinta-feira (3). Atingidos enfrentam dificuldades para se deslocar, perdas na produção agrícola e alagamentos em residências.
Até esta sexta-feira (4), 40 dos 62 municípios do estado estão em situação de emergência decretada pelo governo estadual devido ao fenômeno. Veja a lista:
Guajará – Rio Juruá;
Ipixuna – Rio Juruá;
Itamarati – Rio Juruá;
Eirunepé – Rio Juruá;
Juruá – Rio Juruá;
Carauari – Rio Juruá;
Boca do Acre – Rio Purus;
Borba – Rio Madeira;
Nova Olinda do Norte – Rio Madeira;
Apuí – Rio Madeira;
Humaitá – Rio Madeira;
Manicoré – Rio Madeira;
Novo Aripuanã – Rio Madeira;
Atalaia do Norte – Rio Solimões;
Benjamin Constant – Rio Solimões;
Santo Antônio do Içá – Rio Solimões;
Tonantins – Rio Solimões;
Amaturá – Rio Solimões;
Fonte Boa – Rio Solimões;
Maraã – Rio Solimões;
São Paulo de Olivença – Rio Solimões;
Japurá – Rio Solimões;
Tefé – Rio Solimões;
Coari – Rio Solimões;
Jutaí – Rio Solimões;
Careiro da Várzea – Rio Solimões;
Careiro – Rio Solimões;
Manaquiri – Rio Solimões;
Anamã – Rio Solimões;
Careiro – Rio Solimões;
Anori – Rio Solimões;
Caapiranga – Rio Solimões;
Itacoatiara – Rio Negro;
Itapiranga – Rio Negro;
Boa Vista dos Ramos – Rio Negro;
Santa Isabel do Rio Negro – Rio Negro;
Manacapuru – Rio Solimões
Uarini – Rio Solimões
Urucurituba – Rio Amazonas
Alvarães – Rio Solimões
Além dos municípios em emergência:
18 estão em estado de alerta;
e quatro em situação de normalidade.
Em Manaus, trabalhadores e frequentadores do Centro estão sentindo os impactos da cheia após o Rio Negro atingir a cota de inundação severa na capital amazonense, no último dia 28. A água já encobre ao menos duas ruas que dão acesso ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, cartão-postal da cidade. Nesta sexta, o rio atingiu a marca de 29,04 metros.
A cidade de Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, enfrenta uma situação crítica também, com cerca de 45 mil pessoas afetadas. Moradores relatam doenças como viroses e diarreias causadas pelo contato com água contaminada, lixo e animais peçonhentos. O Rio Solimões atingiu, nesta sexta (4), 19,75 metros, sendo 13 centímetros acima da cota de inundação severa.
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De acordo com dados da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc), 444 alunos foram impactados pela cheia dos rios em quatro municípios: Anamã, Itacoatiara, Novo Aripuanã e Uarini. Os alunos seguem com o calendário do “Aula em Casa”, programa de ensino remoto.
Segundo o Governo do Amazonas, para auxiliar os afetados pela cheia já foram enviados 580 toneladas em cestas básicas, 2.450 caixas d’água de 500 litros, 57 mil copos de água potável da Cosama, além de 10 kits purificadores do programa Água Boa e uma Estação de Tratamento Móvel (Etam) para dezoito municípios.
Também foram destinados 72 kits de medicamentos para os municípios de Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã, beneficiando mais de 35 mil pessoas.
Manicoré recebeu uma nova usina de oxigênio, com capacidade para produzir 30 metros cúbicos por hora, destinada ao hospital municipal. Já Apuí, foi contemplado com seis cilindros de oxigênio para servir como reserva de segurança.
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