O Ministério da Saúde anunciou que, nos próximos dias, vai oficializar a portaria para disponibilização do implante contraceptivo subdérmico liberador de etonogestrel no Sistema Único de Saúde (SUS). Conhecido como Implanon, o produto tem longa duração no organismo e alta eficácia para a prevenção de gestações.
Com preço que pode variar de R$ 2 mil a R$ 4 mil na rede privada de saúde, o dispositivo atua por um período de até três anos, sem a necessidade de intervenções durante esse tempo. Ele é classificado como um dos Contraceptivos Reversíveis de Longa Duração (LARC, na sigla em inglês), assim como o DIU de cobre, que já é ofertado pelo SUS.
A alta eficácia do implante se deve ao fato de que os LARCs não dependem do uso contínuo, diferentemente dos anticoncepcionais orais ou injetáveis. Essa característica facilita o planejamento reprodutivo e evita obstáculos na adesão correta ao tratamento. A inserção é feita geralmente na parte interna do braço.
Embora seja feito em consultório médico, por profissionais da saúde, o procedimento é rápido e simples e exige apenas anestesia local. Uma vez colocado, o implante de 4 centímetros libera o hormônio etonogestrel continuamente no corpo, impedindo a ovulação e tornando o muco cervical mais espesso, o que dificulta a passagem dos espermatozoides.
Essa combinação de ações leva o dispositivo a uma eficácia superior a 99%. Mas vale ressaltar que o método não previne contra infecções sexualmente transmissíveis, portanto a recomendação de uso de preservativos nas relações sexuais continua valendo.
A retirada do implante também deve ser feita por profissionais da saúde. A renovação do método pode ser feita imediatamente e também é garantida pelo SUS. As condições que levam à fertilidade retornam rapidamente após a remoção do dispositivo.
Segundo o Ministério da Saúde, a oferta do implante no SUS será acompanhada por estratégias de formação teórica e prática das equipes do sistema. A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) coordenará a implementação nos territórios. A pasta pretende distribuir 1,8 milhão de dispositivos até 2026, 500 mil deles ainda este ano.
Após a publicação da portaria no Diário Oficial da União, as áreas técnicas do ministério terão até 6 meses para efetivar a disponibilização. O processo inclui a atualização de diretrizes clínicas, a aquisição e distribuição do insumo e a capacitação dos profissionais.
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