O Design e a Inovação: boas ideias precisam de bons sistemas para virarem experiências

Em um cenário no qual a inovação é, cada vez mais, medida pela capacidade de gerar valor real para pessoas e empresas, o design assume papel estratégico na construção de processos, produtos e, consequentemente, experiências efetivas. De coadjuvante a protagonista, o design – especialmente o UX Design e UX Writing – passou a influenciar decisões desde o início dos projetos, moldando o que será entregue e como será percebido.

Nesse contexto, conceitos como empatia, escuta ativa e funcionalidade tornaram-se fundamentais. Quando aplicados com precisão ao design, criam jornadas que não apenas funcionam, mas acolhem, simplificam e transformam.

A inteligência artificial, por exemplo, tem se mostrado uma parceira promissora na escrita para interfaces, atuando de forma complementar à criatividade humana e contribuindo para experiências mais claras, acessíveis e personalizadas. Outro ponto importante é a incorporação do olhar de experiência na definição de prioridades. Essa abordagem exige maturidade estratégica e coragem para colocar o cliente no centro, com foco genuíno em resolver problemas reais.

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Boas ideias só se concretizam quando sustentadas por sistemas sólidos, capazes de equilibrar complexidade técnica com simplicidade para o usuário final. Essa lógica se aplica tanto a produtos digitais quanto a canais de atendimento, processos internos ou jornadas de serviços.

Hoje, o desafio – e a grande oportunidade – é combinar sensibilidade com dados, intuição com método, forma com função. É nesse equilíbrio que o design revela sua força, não apenas como uma competência técnica, mas como uma mentalidade capaz de traduzir necessidades em soluções com significado.

Estudos como o The Business Value of Design, da McKinsey & Company, comprovam que organizações que integram o design à sua estratégia colhem resultados superiores em inovação, eficiência e satisfação do cliente.

E para sustentar essa evolução, a liderança assume um papel central. Quando os líderes reconhecem o design como vetor de valor e promovem ambientes que favorecem a escuta, o aprendizado e a melhoria contínua, a inovação ganha consistência e gera impactos duradouros.

No fim, inovar com impacto exige desenhar com propósito. E o propósito verdadeiro se manifesta nas experiências que tocam as pessoas – de forma útil, real e humana.

José Loureiro, Diretor de Inovação, Digital e Dados do Grupo Bradesco Seguros.

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