Após ação da PM que terminou em 2 mortes, Paraisópolis tem policiamento reforçado


Ataque ocorreu perto da Avenida Giovanni Gronchi na noite de quinta-feira (10); ação da Polícia Militar terminou três pessoas presas. Policiamento da região foi reforçado, segundo a SSP. Globocop flagra ataque e veículos na região de Paraisópolis e do Morumbi em SP
Após uma noite de caos em que uma ação da Polícia Militar terminou em duas mortes, Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, amanheceu nesta sexta-feira (11) com policiamento reforçado.
Na noite de quinta (10), um grupo de pessoas foi flagrado atacando ao menos cinco motoristas nos arredores da Avenida Giovanni Gronchi, no bairro do Morumbi, bairro vizinho à comunidade.
O ataque foi em reação a uma operação policial que resultou em três prisões. Agora pela manhã, os suspeitos devem passar por audiência de custódia no Fórum da Barra Funda.
Um policial da Rota também ficou ferido, mas o estado de saúde dele não foi informado.
Segundo a TV Globo apurou, a PM foi acionada por volta das 16h após uma denúncia de que havia armamento pesado na Rua Rudolf Lotze. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que foram apreendidas três armas de fogo, carregadores, drogas, dinheiro e celulares durante a abordagem.
Momentos depois da ação, o Globocop, da TV Globo, registrou com exclusividade homens armados com pedaços de madeira e pedras arremessando objetos contra veículos nas ruas do entorno da favela. Um dos carros chegou a ser empurrado e tombado. O grupo fugiu com a chegada das viaturas da PM.
Por volta das 19h, havia ao menos 20 focos de incêndio nas ruas em volta de Paraisópolis, incluindo a Avenida Giovanni Gronchi (altura do número 3.501), na Praça Moacir Nicodemus e na Rua Doutor Flávio Américo Maurano.
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Em entrevista ao SP2, o coronel Emerson Massera, chefe da comunicação da PM, disse que equipes policiais foram acionadas para intensificar o policiamento na região.
“Acionamos equipes do Baep, Choque, Rota e COE atuando na região. Reforçamos a segurança no entorno para prevenir novos crimes e proteger os acessos à comunidade, com o objetivo de manter a ordem. Os atos praticados são criminosos, ações de vândalos, sem sentido ou propósito. Eles tentam provocar a Polícia Militar para forçar um confronto”, ressaltou.
Massera também destacou a relação dos atos com a ação em Paraisópolis. “Entendemos que o protesto começou após uma ação da Rocam, que verificava uma denúncia de uma casa-bomba e se comprovou a denúncia”, afirmou.
E completou: “Bom destacar que todos os policiais envolvidos estavam com as câmeras corporais ativas. Foi uma ação legítima desses policiais e como retaliação, os criminosos estão provocando esse tumulto e atos de vandalismo. A PM está com presença bastante forte, mas enquanto isso, orientamos que a população evite circular pela região”.
Prisões
Segundo apuração da GloboNews, dois dos três presos na ação em Paraisópolis eram foragidos da Justiça por roubo, e um deles não havia retornado da saída temporária em 18 de março de 2024, informou a PM.
Já o homem que morreu era Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos. Ele foi detido três vezes antes de completar 18 anos por ato infracional análogo a tráfico de drogas.
Grupo ataca motorista e tomba carro no Morumbi, Zona Sul de SP
Reprodução/TV Globo
Grupo ataca motorista e tomba carro no Morumbi, Zona Sul de SP
Reprodução/TV Globo
Grupo da região do Morumbi ateia fogo para bloquear rua
Reprodução/TV Globo
Apreensões feitas pela PM na favela de Paraisópolis em Morumbi, na Zona Sul de SP
Divulgação/PM
Suspeito morre em troca de tiros com a PM em Paraisópolis
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