
*Artigo escrito por Aylton Dadalto, vereador de Vitória, advogado e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de ESG do Ibef-ES.
Qual é a Vitória que você quer para o futuro? O desenvolvimento sustentável e a inovação podem caminhar lado a lado, e o acesso justo e eficaz aos serviços e oportunidades deve ser um modelo para as próximas gerações.
Essa construção precisa começar agora, com o engajamento da administração pública, da iniciativa privada, da sociedade civil organizada e de todos os cidadãos.
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ES 500
O projeto ES 500, que marca os 500 anos do Espírito Santo em 2035, representa uma oportunidade de repensar o futuro do estado, especialmente da capital.
Para alcançar essa transformação, dois princípios são fundamentais: o ESG (ambiental, social e governança) e as Parcerias Público-Privadas (PPPs), ambos baseados na inovação e no uso inteligente de tecnologias e dados.
O ESG vai além de uma tendência: é um guia para o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis. Em Vitória, isso significa fomentar um ambiente mais verde, inclusivo e transparente.
Investimentos em infraestrutura verde, como parques urbanos e telhados sustentáveis, contribuem para a melhoria da qualidade do ar e o enfrentamento das mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, uma governança participativa fortalece a confiança da população e garante que o planejamento urbano seja feito com foco na coletividade.
As Parcerias Público-Privadas são instrumentos eficazes para superar limitações financeiras e técnicas, possibilitando a execução de projetos estruturantes. Em Vitória, essas parcerias podem modernizar a infraestrutura urbana, impulsionar o transporte público, ampliar o saneamento e expandir fontes de energia renovável.
Elas também podem impulsionar projetos inovadores de cidades inteligentes, regenerando áreas degradadas e tornando-as mais seguras e atrativas.
Em nível nacional
Exemplos nacionais comprovam o potencial das PPPs. Em Belo Horizonte, um investimento de R$ 980 milhões em gestão de resíduos sólidos trouxe avanços em sustentabilidade e inclusão.
Em São Paulo, PPPs em saneamento ampliaram o acesso à água tratada e coleta de esgoto, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida. No setor de turismo e lazer, cidades como Rio de Janeiro e São Paulo têm adotado concessões de parques, melhorando a experiência do cidadão e preservando o patrimônio ambiental.
No Espírito Santo
No Espírito Santo, parcerias em rodovias já contribuíram significativamente para a mobilidade intermunicipal, enquanto investimentos na capital apontam para uma integração entre mobilidade, lazer e sustentabilidade.
Para consolidar esse modelo, é necessário torná-lo uma política pública permanente, com mecanismos de incentivo e segurança jurídica.
O êxito desses projetos depende do diálogo, da capacitação técnica e do compromisso com a transparência. A colaboração entre entes públicos e privados deve ser pautada pelo compartilhamento de riscos e pela entrega de resultados efetivos.
A participação ativa da sociedade civil é indispensável, assegurando que as decisões reflitam os anseios da população. A Vitória do futuro será construída por todos que acreditam no crescimento sustentável e inclusivo do Espírito Santo.
Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.