Em depoimento, ex-comandante da FAB diz que sofreu ataques por não aderir à tentativa de golpe


Carlos de Almeida Baptista Junior confirmou em depoimento ao STF que Bolsonaro participou do planejamento de um golpe de Estado
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Baptista Júnior, voltou a afirmar nesta terça-feira (15) que acredita que foi alvo de ataques nas redes sociais porque não aderiu à tentativa de golpe planejada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.
O militar foi ouvido na condição de testemunha na ação penal contra o chamado “núcleo 4” da organização criminosa golpista.
🔎Esse grupo teria sido responsável por elaborar “operações estratégicas de desinformação” e é composto por sete pessoas – na maioria, militares. Os réus, segundo a PGR, atuaram para criar e disseminar informações falsas para descredibilizar o sistema eletrônico de votação.
Os depoimentos das testemunhas não foram transmitidos pela TV Justiça, mas jornalistas puderam acompanhar as audiências.
Baptista Júnior foi indicado como testemunha pela defesa do ex-militar do Exército Aílton Barros, que teria coordenado ataques contra quem se opôs à tentativa de golpe.
A PGR questionou Baptista Júnior sobre ataques que sofreu na internet entre o final de 2022 e o início de 2023 e sobre os motivos, na opinião ex-comandante da FAB, para esses ataques.
Baptista Júnior afirmou não ter dúvidas de que os ataques que foram direcionados a ele e ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, tinham como objetivo fazer com que eles mudassem o que chamou de postura legalista. E declarou que os ataques foram “infrutíferos”.
Presidente do PL disse ter sofrido pressões
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Outra testemunha que prestou depoimento hoje foi Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro.
Ele afirmou ter sido pressionado por deputados do partido a questionar no Tribunal Superior Eleitoral a credibilidade das urnas eletrônicas.
Valdemar informou que vazou a deputados do PL informações de dúvidas sobre as urnas eletrônicas e que esses deputados fizeram pressão para divulgação de relatório, o que foi feito pelo Valdemar.
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