
A capixaba Megawork — uma das líderes brasileiras em SAP (leia-se: sistema que permite que as empresas automatizem e otimizem seus processos e melhorem a eficiência operacional com base em dados) — acaba de ser adquirida pela multinacional GFT Technologies, referência global em transformação digital. A empresa agora passa a integrar o portfólio estratégico da companhia alemã — um movimento que consolida o Espírito Santo no mapa global da inovação. Entenda.
Empresa manterá sede no Espírito Santo e passa a operar com escala global
Fundada no Espírito Santo em 1992, a Megawork está, hoje, entre as maiores consultorias especializadas em SAP no país. A empresa fechou o ano passado com uma receita de cerca de R$ 90 milhões, e tem em seu portfólio de clientes grandes grupos capixabas, como ArcelorMittal, Samarco, Guidoni, Cesan, ES Gás e Grupo Águia Branca, e nacionais como Baruel e Taesa.
Com a aquisição, a operação permanece com sede em Vitória, mas ganha musculatura internacional. A ideia, segundo Alexandro Carvalho, CEO da Megawork, é que a operação abra caminho para sinergias comerciais, ampliação de portfólio e novas frentes de crescimento tanto no Brasil quanto fora dele.
“A integração da Megawork à GFT dá aos nossos clientes acesso a um conjunto global de talentos, inovação de ponta e um conjunto mais amplo de recursos para apoiar suas jornadas de transformação digital – em relação aos seus projetos SAP e além. Vemos uma forte sintonia cultural e estratégica, e isso fortalecerá nossa capacidade de entregar ainda mais valor aos nossos clientes”, explica.
A movimentação, que não teve seu valor divulgado, abre espaço para a integração dos serviços de SAP da Megawork com o ‘Wynxx’, um produto de Inteligência Artificial da GFT.
“A expertise da Megawork em SAP, somada à liderança da GFT em nuvem e IA, cria um motor de crescimento global. Queremos melhorar em até 40% a eficiência de projetos SAP com uso do Wynxx”, completa Marco Santos, CEO global da GFT.
O fechamento da transação tem previsão de ocorrer até o quarto trimestre de 2025, e está sujeito à aprovação das autoridades regulatórias brasileiras.