
Duas pessoas são presas em operação contra organização criminosa em Feira de Santana
TV Bahia
Uma advogada foi presa na manhã desta quinta-feira (17) em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, durante a segunda fase da Operação Skywalker, que investiga uma organização criminosa envolvida com o comércio ilegal de armas de fogo, munições e tráfico de drogas. Um outro suspeito também foi preso na ação.
Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a advogada exercia um papel estratégico no esquema. Ela era responsável pela gestão financeira da organização e utilizava a condição profissional para dar aparência de legalidade às transações ilícitas. Além disso, articulava a movimentação de dinheiro entre os membros do grupo.
De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a mulher já cumpria prisão domiciliar desde abril, quando foi deflagrada a primeira fase da operação, e teve a prisão preventiva decretada em 28 de junho.
O mandado foi cumprido na casa da suspeita, nesta quinta-feira. A mulher está custodiada no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho, onde aguarda audiência de custódia.
A OAB foi comunicada sobre a prisão e acompanhou todo o procedimento, informou Daniel Vitor, secretário-adjunto da diretoria da subseção da OAB em Feira de Santana.
O segundo preso também é suspeito de integrar a organização criminosa, mas não teve a identidade divulgada.
A operação foi deflagrada pelo MP-BA, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em conjunto com o Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco/LD) da Polícia Civil.
Primeira fase da operação prendeu 17 pessoas
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 30 de abril, e 17 pessoas foram presas. Dessas, 12 foram encontradas em Feira de Santana. Além disso, mais de R$ 84 milhões de reais foram bloqueados pela Justiça. Desse total:
R$ 34 milhões em nome das pessoas físicas investigadas;
R$ 50 milhões vinculados a empresas de fachada usadas pelo grupo criminoso para lavar dinheiro.
O Ministério Público aponta que o grupo é responsável por diversos crimes, na Bahia e em outros estados. 32 pessoas envolvidas com a organização foram denunciadas e indiciadas.
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