Frísia fatura quase R$ 5,8 bi com foco na diversificação da produção


Quando a Frísia foi criada, em 1925, sete sócios produziam 700 litros de leite por dia e comercializavam seus derivados, manteiga e queijo. Um século depois, a cooperativa produz 700 litros de leite por minuto e diversificou suas áreas de atuação, incluindo grãos, grãos, carne suína e produção florestal. A produção foi verticalizada, atendendo não somente indústrias como o consumidor final. Atualmente, a Frísia fatura R$ 5,79 bilhões.
Com cerca de 1,1 mil cooperados e 1,2 mil colaboradores, a Frísia é a mais antiga cooperativa de produção do Paraná, onde tem 12 unidades, e a segunda do Brasil, com atuação também no Tocantins, com duas unidades. A cooperativa produziu em 2024 (dados apresentados este ano) 362,2 milhões de litros de leite; 826,8 mil toneladas de grãos; 93 mil toneladas de produção florestal; e 27,9 mil toneladas de carne suína.
“Queremos sempre agregar valor ao produto do nosso cooperado. Seja no lácteos, agrícola ou suinocultura, não queremos que ele tenha dificuldade no mercado, e sim fornecer condições e instrumentos para que possa vender no melhor preço, na melhor condição, na melhor segurança possível”, afirma o presidente da Frísia, Geraldo Slob.
E essas condições também são apresentadas quando a cooperativa realiza investimentos. Ano passado, por exemplo, foram investidos R$ 53,7 milhões em melhorias em unidades no Paraná e Tocantins, como um novo escritório de insumos em Carambeí (PR), barracões climatizados nas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS) em Ponta Grossa (PR) e Tibagi (PR), além de obras nos armazéns e secadores de grãos em Paraíso do Tocantins e Dois Irmãos do Tocantins.
História
A trajetória da Cooperativa Frísia começou em 1911 quando as primeiras famílias holandesas chegaram à região dos Campos Gerais, motivadas por um plano de colonização estabelecido pela Brazil Railway Company (empresa inglesa especializada na construção de linhas férreas), que vendia terrenos aos colonizadores, com um prazo de dez anos para quitar o pagamento.
O contrato de trabalho incluía uma casa, dois bois, um arado, seis vacas leiteiras, sementes e adubo. Coube a esses pioneiros, em 1925, uma das primeiras iniciativas de criar uma cooperativa de produção no Brasil, com sete sócios e uma produção leiteira de 700 litros por dia, além da produção de manteiga e queijo, que eram comercializados em Ponta Grossa, Castro, Curitiba e São Paulo. Isso só foi possível graças à união das quatro pequenas fábricas existentes, originando a Sociedade Cooperativa Hollandeza de Lacticínios.
Três anos depois, a sociedade deu origem à marca Batavo. A partir de 1943, com a chegada de novos imigrantes, o quadro social da cooperativa se expandiu, iniciando o processo de mecanização e aprimoramento genético na atividade pecuária, com a vinda dos primeiros gados puros da raça holandesa. Importados diretamente da Holanda, esses animais tornaram a região referência em produtividade e qualidade.
Em 1954, foi criada a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda. (CCLPL), e a marca Batavo foi incorporada à CCLPL para industrialização de produtos para o varejo. Em 1997, a CCLPL transformou-se na Batávia S.A. e, em 2007, foi totalmente incorporada por outra empresa do setor.
Em 2011, a cooperativa retornou à industrialização com a produção dos seus cooperados marcando a inauguração da Central de Processamento de Leite Frísia. Já em agosto de 2015, a Batavo Cooperativa Agroindustrial passou a adotar a nova denominação social para Frísia Cooperativa Agroindustrial. No ano seguinte, mirando novas fronteiras, a Frísia deu início à sua expansão geográfica, com a abertura do primeiro entreposto fora do estado de origem, localizado em Tocantins.
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