UE adota 18º pacote de sanções contra Rússia, um dos ‘mais severos’ contra o país

Representantes dos Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram a um acordo nesta sexta-feira (18) sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia. As novas medidas reforçam as sanções já existentes contra compradores e transportadores de petróleo e derivados russos, bem como contra bancos e empresas russas que atuam na China e em Belarus como forma de contornar as restrições europeias.

De acordo com a chefe da política externa do bloco, Kaja Kallas, trata-se de um dos pacotes de sanções “mais severos contra a Rússia”. “Permanecemos firmes. A UE acaba de aprovar um dos pacotes de sanções mais severos contra a Rússia até o momento. Estamos cortando ainda mais o orçamento militar do Kremlin, impondo sanções a outros 105 navios da ‘frota fantasma’ e seus cúmplices, e restringindo o acesso de bancos russos a financiamento”, declarou Kallas.

A decisão foi anunciada após várias semanas de impasse devido à resistência da Eslováquia. Dos 27 membros do bloco, apenas esse país manifestou oposição ao processo da União Europeia de restringir completamente o gás russo até 2028. No entanto, nesta sexta-feira (18), a Eslováquia retirou suas objeções e o 18º pacote de restrições contra a Rússia foi anunciado.

“Estamos aumentando a pressão sobre a Rússia. Nosso objetivo é muito claro: pedimos um cessar-fogo completo e incondicional por pelo menos 30 dias”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao anunciar as sanções, em referência à guerra da Ucrânia.

Segundo ela, a Rússia “precisa vir à mesa de negociações com uma proposta séria”. “Como ainda não demonstrou tal prontidão, aumentaremos a pressão”, completou Ursula von der Leyen.

Entenda as novas restrições contra Moscou

Com as novas sanções, a UE estabeleceu um teto de preço dinâmico para o petróleo russo, que permanecerá 15% abaixo do preço médio de mercado. O novo teto de preço será de US$ 47,60 por barril e será ajustado automaticamente a cada seis meses, com possibilidade de alterações especiais.

O documento também proíbe o acesso de 105 navios aos portos e serviços da UE. Assim, mais de 400 navios estão na lista de proibições. A União Europeia também proibiu a importação de produtos petrolíferos produzidos pelo refino do petróleo russo e vendidos em todo o bloco sob uma marca diferente. Estes produtos vêm principalmente da Índia e da Turquia.

As restrições afetarão ainda 11 empresas fora da Rússia, incluindo quatro na China e três em Hong Kong, que são acusadas de conseguirem contornar as sanções.

Kremlin minimiza efeitos das sanções

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que, nos últimos três anos, a Rússia se adaptou à vida sob sanções, embora considere tais restrições unilaterais ilegais.

“Nós nos opomos a elas. Mas, ao mesmo tempo, é claro, já adquirimos certa imunidade às sanções. Nos adaptamos à vida sob sanções”, declarou Peskov.

Segundo o porta-voz de Vladimir Putin, as autoridades ainda devem analisar o novo pacote para minimizar suas consequências para a economia russa.

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