
A música brasileira perdeu uma de suas vozes mais vibrantes. Preta Gil, artista conhecida por sua energia contagiante e luta por representatividade, faleceu no domingo, 20 de julho, aos 50 anos. A informação sobre a causa exata ainda aguarda comunicação oficial, mas é de conhecimento público que ela travava uma longa batalha contra o câncer no intestino.
Diagnosticada inicialmente em janeiro de 2023, Preta chegou a concluir o tratamento em dezembro do mesmo ano, trazendo esperança a muitos. No entanto, em agosto de 2024, ela compartilhou a difícil notícia de que a doença havia retornado, desta vez com novos tumores e metástase.
Esse tipo de câncer, frequentemente chamado de câncer colorretal ou de cólon e reto, é uma realidade que afeta milhares de pessoas todos os anos. Ele se refere especificamente aos tumores malignos que se originam no intestino grosso, que inclui o cólon, ou no reto, a parte final do intestino que conecta ao ânus. Compreender essa doença é um passo crucial para a prevenção e o diagnóstico precoce.
Como um Tumor Maligno se Forma no Intestino?
A Biblioteca Virtual em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, explica que o caminho frequentemente percorrido pelo câncer colorretal começa com lesões benignas conhecidas como pólipos. Imagine pequenas protuberâncias que surgem na parede interna do intestino grosso. Esses pólipos são resultado de um crescimento celular anormal nessa região.
Embora a maioria dos pólipos permaneça inofensiva, alguns tipos específicos têm o potencial, ao longo de anos, de sofrer transformações e se tornarem malignos. Essa evolução lenta é uma das razões pelas quais o rastreamento regular é tão eficaz – permite identificar e remover os pólipos antes que se transformem em câncer.
O Que Pode Aumentar o Risco?
Embora os pólipos sejam um ponto de partida comum, diversos outros elementos influenciam o desenvolvimento do câncer de intestino. O Ministério da Saúde destaca fatores significativos relacionados ao estilo de vida:
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Excesso de Gordura Corporal: A obesidade é um fator de risco bem estabelecido para vários tipos de câncer, incluindo o colorretal. O tecido adiposo em excesso produz substâncias que podem promover inflamação e crescimento celular descontrolado.
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Tabagismo: Os inúmeros químicos presentes no cigarro danificam o DNA das células do corpo, incluindo as do intestino, aumentando a probabilidade de mutações cancerígenas. Fumantes têm maior risco de desenvolver e morrer por câncer colorretal.
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Consumo Excessivo de Álcool: O álcool, quando metabolizado pelo organismo, pode gerar compostos prejudiciais que danificam as células do intestino. O consumo regular e acima dos limites recomendados eleva o risco.
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Alimentação: Embora não listado explicitamente, uma dieta pobre em fibras (frutas, verduras, grãos integrais) e rica em carnes processadas (como salsicha, presunto, bacon) e carne vermelha em excesso também está associada a um risco aumentado. A falta de fibras pode tornar o trânsito intestinal mais lento, prolongando o contato de eventuais substâncias nocivas com a parede do intestino.
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Histórico Familiar e Genética: Ter parentes de primeiro grau (pais, irmãos, filhos) com história de câncer colorretal ou pólipos aumenta o risco individual. Algumas síndromes genéticas hereditárias, como a Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) e a Síndrome de Lynch, também elevam significativamente a probabilidade.
Reconhecendo os Sinais: Sintomas que Merecem Atenção
O câncer de intestino pode ser silencioso nos estágios iniciais, mas à medida que o tumor cresce, ele começa a causar alterações perceptíveis. Fique atento a estes sinais, especialmente se persistirem por mais de algumas semanas:
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Sangue Visível nas Fezes: Este é um dos sintomas mais conhecidos. O sangue pode aparecer como faixas vermelhas brilhantes nas fezes ou tornar as fezes mais escuras e alcatroadas (indicando sangue digerido mais alto no intestino). Importante: Hemorroidas também causam sangramento, mas qualquer sangramento retal deve ser investigado por um médico para descartar causas mais sérias.
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Dor Abdominal Persistente: Cólicas, dores ou desconfortos frequentes na região do abdômen, que duram mais de um mês, não devem ser ignoradas.
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Mudança no Hábito Intestinal: Alterações significativas e persistentes no padrão de evacuações, como diarreia constante, constipação (prisão de ventre) que não melhora, ou uma alternância entre os dois. Sensação de que o intestino não esvaziou completamente após ir ao banheiro também pode ocorrer.
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Emagrecimento Não Intencional: Perder peso de forma rápida e sem estar fazendo dieta ou exercícios específicos para isso é sempre um sinal de alerta para o organismo.
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Anemia, Cansaço e Fraqueza Extrema: Um tumor que sangra lentamente no intestino pode levar à perda de ferro e ao desenvolvimento de anemia. Isso se manifesta como palidez, cansaço que não melhora com o descanso e uma sensação constante de fraqueza e falta de energia. Muitas vezes, este é o primeiro sinal perceptível.
A história de Preta Gil reforça um ponto crucial: mesmo após o tratamento aparentemente bem-sucedido, o câncer pode retornar, às vezes com agressividade. Isso não tira a importância das estratégias de prevenção e diagnóstico precoce. Conhecer os fatores de risco, adotar hábitos saudáveis e estar atento aos sintomas são as melhores armas contra essa doença. Consultas médicas regulares e a realização de exames de rastreamento, como a colonoscopia a partir dos 45 anos ou antes se houver fatores de risco, são decisões que podem salvar vidas.
Esse Morte de Preta Gil: entenda o que é o câncer no intestino foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.