Conheça navio de defesa mais moderno já produzido no Brasil
Reprodução/TV Globo
A segurança das fronteiras marítimas brasileiras vão ganhar um reforço. O navio de defesa mais moderno já produzido no país.
São gigantes.
“Esse é o projeto mais complexo e mais completo que Marinha possui”, diz o vice-almirante Marcelo da Silva Gomes, diretor de gestão de programas da Marinha.
Das quatro embarcações que serão construídas em Itajaí até 2029, a Fragata Tamandaré é a que está mais adiantada.
“Esse navio pode atuar em todos os ambientes. O que a gente chama de anti-guerra: submarino, superfícies, antiaéreo. Mas também combate à pirataria, controle de poluição ambiental, contra a pesca ilegal”, afirma Marcelo da Silva Gomes.
A montagem do navio começa com chapas que têm 3 mm de espessura – são bem finas. A ideia é dar mais velocidade à embarcação.
“O navio é montado comparativamente como uma grande cebola, em que você tem um bloco inicial, recebe o motor e, a partir dali, o navio, o casco que vai sendo montado de frente, de ré e para cima. Aí vai surgindo o grande casco”, explica Fernando Queiroz, CEO e presidente da SPE Águas Azuis.
Entre as inovações, sistemas que dificultam a detecção do navio por embarcações inimigas. Em vez de chaminé, a exaustão é na linha d’água, chamando menos atenção. Os navios também têm protótipos virtuais.
“Além de quatro navios físicos, nós temos quatro irmãos digitais. Esse irmão digital seria simplesmente como se fosse um avatar, onde eu tenho todo o desenvolvimento do navio através de sistemas computacionais. Eu sei exatamente o que ‘para’ o navio, o que causou aquele problema, consigo simular soluções”, afirma Fernando Queiroz.
Tanta inovação exige dos oficiais uma preparação especializada. O treinamento começou em julho. A primeira turma tem 20 militares. Eles estão aprendendo, por exemplo, a usar um software brasileiro que é o cérebro eletrônico da fragata e comanda todo o sistema de propulsão. Até o fim de 2025, outros 136 tripulantes também devem ser treinados.
A primeira fragata deve ser entregue à Marinha em dezembro de 2025. As outras três, até o final de 2029.
“Fazer parte desse projeto é muito gratificante e, hoje, a gente tem aquele sentimento de pertencimento, de estar fazendo algo que é para o nosso país, e desenvolver pessoas, isso é algo especial”, diz Francisco Tones Rodrigues da Silva, supervisor de produção.
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