
Um homem de 29 anos foi preso em Vila Velha na manhã desta quinta-feira (24). Ele é suspeito de participar de uma quadrilha que aplica o golpe do “falso advogado”.
A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva e foi realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul com apoio da corporação capixaba.
O grupo criminoso, segundo a polícia, é especializado em estelionatos, falsificação de documentos e falsa identidade. A investigação começou em 2024 após uma série de denúncias de advogados gaúchos. A Operação Falso Patrono foi realizada em cinco estados e, até o momento, nove pessoas foram presas.
O detido no Espírito Santo é natural de Vitória, mas mora em Vila Velha. Com ele, foram apreendidos documentos e aparelhos celulares. Ele e a companheira já haviam sido detidos em 2022 em uma gráfica clandestina do município canela-verde.
Ainda segundo a polícia, o capixaba era o responsável por criar e vender logins de advogados vinculados a sistemas processuais. Assim, possibilitava acesso a declarações, autorizações, procurações, assinaturas, processos completos, entre outros.
O grupo é investigado por utilizar os dados das vítimas e de seus escritórios para contatos fraudulentos com seus clientes.
Durante a investigação, verificou-se que o indivíduo também era responsável por uma gráfica clandestina que fabricava documentos falsos, além de criar e fraudar documentos digitais, contas Gov, contas de aplicativo, entre outros ilícitos
Delegado João Vitor Herédia, titular da DRCPE/Dercc.
Quadrilha também é investigada por invadir contas de médicos
O homem ainda participava de um grupo criminoso investigado em outra operação, deflagrada em São Paulo. A Operação Medici Umbra apura a invasão de contas gov de médicos gaúchos e desvios de valores de contas bancárias. Cinco pessoas foram presas.
De acordo com a polícia gaúcha, a companheira do suspeito também possui participação no esquema. Na prisão em 2022, foram apreendidos documentos falsificados, carimbos oficiais, papel moeda e maquinário profissional para falsificações com o casal. Ainda foi identificado que a mulher era foragida da Justiça de São Paulo por tráfico de drogas.