Queima controlada é suspensa devido a estiagem e riscos de incêndios em MS


g1 em 1 Minuto Mato Grosso do Sul: incêndios no Pantanal reduziram 92% em MS
A queima controlada será suspensa, em Mato Grosso do Sul, a partir de 1º de agosto deste ano. A decisão do governo estadual é em decorrência do período de seca e aumento nas chances de incêndios florestais.
A medida foi tomada durante reunião do Centro Integrado de Coordenação Estadual (Cicoe) nessa terça-feira (22). Até então, o uso do fogo estava permitido mediante autorização e sob orientação técnica. A decisão ocorre dias após o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) publicar portaria facilitando licenciamento para uso controlado do fogo no estado.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp
Com a nova decisão, essa prática está proibida no estado entre agosto e novembro. A queima controlada é uma técnica usada na agropecuária para reduzir a vegetação seca e prevenir incêndios acidentais ou criminosos.
Segundo Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e presidente do Cicoe, a suspensão foi motivada pelo avanço da estiagem, especialmente nas cidades do norte do estado.
Projeções indicam que o segundo semestre será ainda mais seco e quente, principalmente entre agosto e outubro. “Estamos vivendo o período de início de seca, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas previstas para os próximos meses. Diante desse cenário, o Cicoe decidiu pela suspensão da queima controlada em todo o estado”, afirmou Jaime Verruck.
Mesmo com a queda de 54,2% nos focos de incêndio em relação ao mesmo período de 2024, os dados indicam risco elevado de seca em várias regiões do estado, especialmente no norte, nordeste e leste.
Em 2025, o Pantanal teve redução de 97,9% na área queimada. No Cerrado, a queda foi de 50,6%. De acordo com Jaime Verruck, o resultado é fruto da atuação conjunta entre órgãos públicos e setor produtivo.
⚠️O Pantanal passa, todos os anos, por dois períodos distintos: o da água e o do fogo. Em 2024, o ciclo do fogo começou mais cedo que o normal — ainda em junho — por causa das mudanças climáticas e da ação humana, segundo especialistas. Neste ano, os incêndios ainda são esperados para agosto e setembro, período em que normalmente ocorrem.
*Estagiário sob supervisão de José Câmara.
Imasul orienta sobre abertura de aceiros e procedimentos.
Bruno Rezende/Secom
Adicionar aos favoritos o Link permanente.