A Bahia possui cinco das 10 cidades mais violentas de todo o país. O desempenho foi divulgado nesta terça-feira (24), na última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que leva em consideração dados de 2024. Maranguape, município do estado do Ceará, lidera o ranking, seguido por Jequié (BA), que ficou com a medalha de prata, e Juazeiro (BA), que ficou em 3º lugar.
A lista é organizada com base no número (taxa) de homicídios a cada 100 mil habitantes. Feira de Santana, cidade conhecida como Princesa do Sertão, apesar de ocupar a última posição na lista, possui uma taxa de homicídios superior à do estado. 16 das 20 cidades mais violentas de todo o Brasil estão no Nordeste.
O Anuário relacionou a violência às disputas entre facções, que ocorrem normalmente nos municípios por conta do controle do tráfico de drogas local.
A Bahia
Quando o recorte é feito com base no desempenho em números absolutos de violência por estado em 2024, a Bahia também possui um indicador negativo: o estado ocupa a segunda colocação na lista, com 40,6 homicídios para cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para o Amapá, que ocupa a liderança com uma taxa de 45,1 homicídios. O Ceará ficou com a medalha de bronze, com uma taxa de 37,5 homicídios.
Feira de Santana
Segundo um levantamento do radialista Aldo Matos, em 2024, mais de 350 pessoas foram assassinadas em Feira de Santana. Apesar de ser um número considerado alto, a cidade registrou uma queda nos números: em 2023, foram registrados 378 Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLIs (homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, excludentes e feminicídios).
De acordo com os dados do Anuário de Segurança Pública, a redução nos números de casos de homicídio em Feira de Santana foi suficiente para fazer com que a cidade caísse da 6ª posição em 2023 para a 10ª posição em 2024.
Segundo uma reportagem publicada em janeiro deste ano, seis bairros concentraram 40% do total de homicídios registrados em 2024 em Feira de Santana. Os bairros são Campo Limpo, Tomba, Conceição, Asa Branca, Gabriela e Queimadinha.
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Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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