Senador Marcos do Val deixou Brasil por Manaus e usou passaporte diplomático.
TV Senado/Reprodução
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) deixou o Brasil por Manaus utilizando passaporte diplomático para viajar aos Estados Unidos durante o recesso parlamentar, mesmo após ter o pedido de saída do país negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A viagem foi revelada pelo portal Uol. Em agosto do ano passado, Moraes determinou a apreensão dos passaportes do parlamentar, inclusive o diplomático, além do bloqueio de R$ 50 milhões em sua conta, no âmbito de um inquérito que apura ofensas e ataques a investigadores da Polícia Federal.
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Na ocasião, a PF cumpriu mandados em endereços ligados a do Val em Vitória (ES), mas o passaporte diplomático não foi encontrado — segundo a defesa, o documento estaria no gabinete do senador, em Brasília.
Em 15 de julho, do Val solicitou autorização ao STF para viajar com a família a Orlando. O pedido foi negado no dia seguinte. Moraes afirmou que não havia justificativa para revogar as medidas cautelares e destacou que cabe ao senador se adequar às restrições impostas pela Corte.
Apesar disso, o parlamentar viajou e, em nota oficial, afirmou que deixou o país “com toda a documentação diplomática e consular plenamente regular”. Segundo ele, a saída foi comunicada previamente ao STF, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Senado.
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“Meu passaporte diplomático, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, está válido até julho de 2027 e sem restrição”, declarou.
Em fevereiro de 2025, a Primeira Turma do STF rejeitou, por unanimidade, recurso apresentado por do Val e manteve a determinação de bloqueio e apreensão dos passaportes, incluindo o diplomático, diante da suspeita de que o senador estaria envolvido em uma campanha de intimidação contra policiais federais.
