
Um vídeo que circulou recentemente na internet trouxe à tona um fenômeno oceânico tão fascinante quanto assustador. Imagens mostravam algo aparentemente inofensivo: círculos perfeitos de bolhas surgindo na superfície do mar, alguns formando padrões concêntricos. A beleza hipnótica, porém, esconde uma verdadeira estratégia de sobrevivência das profundezas.
Essas formações de bolhas não são acidentes ou brincadeiras da natureza. Elas são a assinatura de um dos métodos de caça mais inteligentes e coordenados do reino animal, praticado pelas majestosas baleias jubarte. Esse comportamento impressionante recebe o nome de “Alimentação por Rede de Bolhas” ou “Bubble Net Feeding”.
Funciona assim: um grupo de jubartes trabalha em equipe com uma sincronia notável. Primeiro, localizam um cardume de peixes. Algumas baleias mergulham bem abaixo da presa. Começa então a coreografia subaquática. Nadando em espiral ascendente, cada baleia sopra ar vigorosamente por seu espiráculo, criando uma verdadeira cortina de bolhas. Essa cortina sobe em forma de cilindro ou cone, cercando os peixes desorientados.

O vídeo mostra bolhas estranhas se formando no oceano (Reddit)
O efeito das bolhas é duplo. Elas confundem os peixes, que temem atravessar a barreira gasosa. Além disso, a coluna de bolhas força o cardume a se compactar e subir cada vez mais em direção à superfície. É uma armadilha eficiente, criada apenas com ar e movimento.
O clímax da caçada é rápido e poderoso. Com os peixes presos e concentrados perto da superfície pela rede de bolhas, as jubartes dão o bote final. Emergem de baixo com a boca escancarada, engolindo milhares de litros de água e tudo o que estiver dentro do círculo – incluindo os peixes amontoados.
As jubartes pertencem ao grupo dos “filtradores” ou “engolidoras”. Elas não têm dentes, mas sim estruturas chamadas barbatanas bucais, que funcionam como gigantescos filtros. Depois de encher a boca, a baleia fecha as mandíbulas e usa a língua para forçar a água para fora, passando pelas barbatanas. Os peixes e pequenos organismos ficam presos nesse filtro natural e são engolidos.
A complexidade dessa técnica exige alto nível de comunicação e cooperação entre as baleias do grupo. Cada indivíduo tem um papel definido – alguns são responsáveis por soprar as bolhas, outros por conduzir os peixes, e há os que executam o ataque final. É um exemplo brilhante de inteligência coletiva no mundo animal.
Para os humanos que testemunham essas bolhas circulares no mar, a reação costuma ser um misto de admiração e puro temor. Afinal, estar dentro de um desses círculos significaria estar diretamente no caminho de uma baleia de várias toneladas em pleno ataque alimentar.
Alguns brincam que prefeririam ser “engolidos” por uma jubarte do que atacados por um tubarão-branco, já que as baleias, sem dentes, poderiam potencialmente cuspir uma pessoa acidentalmente. Porém, o risco real de afogamento ou lesões graves seria enorme devido à força do impacto e à profundidade envolvida.
O vídeo serviu como um alerta poderoso sobre as maravilhas e os perigos ocultos do oceano. As bolhas misteriosas, longe de serem um espetáculo inocente, são o sinal visível de uma caçada complexa e poderosa, executada por alguns dos maiores e mais inteligentes habitantes dos mares. É um lembrete de que o oceano guarda estratégias de sobrevivência que desafiam a imaginação.
Esse Pessoas ficam apavoradas após descobrirem o que realmente é o “círculo de bolhas” no mar foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.