Seca e focos de calor acendem alerta no Ceará no 2° semestre; veja dados


Focos de calor aumentam no Ceará
Com o fim da quadra chuvosa no Ceará, que ocorre de fevereiro a maio, a seca e os focos de calor se tornaram preocupação de órgãos do Governo do Estado. Isso porque a seca se intensificou e atingiu maior severidade desde dezembro de 2024, conforme o Monitor das Secas.
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Já os focos de calor, áreas onde há alta temperatura e podem indicar possível queimada ou incêndio, representam um alerta para o segundo semestre deste ano, especialmente pela combinação entre vegetação seca, altas temperaturas, baixa umidade e ventos intensos que favorecem a propagação do fogo.
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“É uma área mais quente do que seu entorno, pelo menos 47° C de temperatura tem que ter. A gente chama de foco de calor porque pode ser uma queimada, pode ser um incêndio, mas é, claro, uma área mais aquecida”, explicou Meire Sakamoto, gerente de meteorologia da Funceme, à TV Verdes Mares.
O Ceará ocupou a 13° posição entre os estados do Brasil com maior registros de focos de calor em 2024. A maioria das ocorrências ocorreu no segundo semestre do ano.
Mais de sete mil focos de calor em 2024
Funceme alerta para aumento de focos de calor no Ceará neste 2° semestre do ano.
Kid Junior/SVM
Em novo estudo, a Funceme divulgou que o Ceará registrou em 2024 cerca de 7.166 focos de calor. Esse número é 5% maior que o de 2023 e o sétimo mais alto desde 1998. “O aumento reforça uma tendência de crescimento iniciada em 2023, após mais de uma década de queda nos registros.”, disse o órgão.
Só em julho deste ano, até esta terça-feira (29), o estado registra 160 focos. A maioria destes está em Santana do Cariri, com 137.
Veja o ranking dos focos de calor detectados no mês atual:
Funceme traz novos dados e reforça atenção para o aumento de registros
Divulgação/Funceme
Seca se intensifica
Vídeo mostra mudança da paisagem entre períodos de seca e de chuvas no sertão do Ceará
A seca também aparece como outra preocupação para o estado. Apesar de a área total com seca no Ceará ter permanecido em 76% entre os meses de maio e junho, a condição de severidade no estado se agravou de forma significativa no último mês, conforme os dados mais recentes do Monitor de Secas.
De acordo com o levantamento, houve um salto expressivo na área com seca moderada no estado, que passou de 2% em maio para 34% em junho — o que representa a condição mais severa no território cearense desde dezembro de 2024, quando 43% do estado registravam seca grave.
Segundo análise da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a intensificação da seca no Ceará está diretamente ligada à redução das chuvas a partir de maio, após o encerramento da quadra chuvosa.
“Entre os possíveis impactos associados à seca moderada estão a diminuição no plantio, déficits hídricos prolongados, pastagens e culturas agrícolas que não se recuperaram totalmente, além de danos mais evidentes às lavouras, áreas de pasto e aos recursos hídricos, como córregos, reservatórios e poços com níveis mais baixos.”, explica a Funceme.
Previsão aponta para céu nublado e chuvas isoladas
Céu nublado no Bairro Benfica, em Fortaleza, na manhã deste domingo (6).
Ranniery Melo/g1
A segunda-feira (28) no Ceará começou com o céu encoberto em boa parte do território cearense, especialmente no centro-sul do estado – cenário que deve continuar até esta terça (29).
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a tendência para a terça é de que as precipitações se concentrem no interior, com destaque para a madrugada nas regiões do Sertão Central e Inhamuns, além de áreas litorâneas.
As temperaturas mínimas devem variar entre 16°C e 19°C em regiões como Cariri, sul e oeste do Sertão Central e Inhamuns, Ibiapaba e Maciço de Baturité. Por outro lado, os termômetros podem chegar a até 36°C nas regiões Jaguaribana e Sertão Central e Inhamuns.
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