
O Pacífico Norte acordou em agitação nesta quarta-feira. Um poderoso terremoto, medindo 8.8 na escala Richter, sacudiu as profundezas do oceano próximo à Península de Kamchatka, na Rússia. Horas depois, como se respondendo ao chamado sísmico, o majestoso vulcão Klyuchevskoy entrou em erupção.
O Klyuchevskoy, um dos vulcões ativos mais altos do planeta, já conhecido por suas atividades recentes, exibiu um espetáculo de fogo e força. Cientistas da Academia Russa de Ciências confirmaram a descida de lava incandescente pela encosta oeste do vulcão. Eles relataram um intenso brilho sobre a montanha e explosões significativas. O vulcão fica a cerca de 450 quilômetros ao norte de Petropavlovsk-Kamchatsky, a capital regional.
O terremoto, no entanto, foi o evento que desencadeou preocupações imediatas em todo o Oceano Pacífico. O tremor forte danificou construções na remota região de Kamchatka e deixou algumas pessoas feridas, mas felizmente não houve mortes registradas. O maior perigo veio do mar: o terremoto gerou um tsunami.
Na própria Kamchatka, próximo ao epicentro, ondas entre 3 e 4 metros de altura invadiram portos, forçando moradores a fugirem para áreas mais altas. O alerta se espalhou pelo oceano. No norte do Japão, na ilha de Hokkaido, ondas espumantes de aproximadamente 60 centímetros atingiram a costa. Autoridades registraram ondas de tsunami chegando a São Francisco, nos Estados Unidos, com alturas entre 60 centímetros e 1,5 metro.

O vulcão Klyuchevskoy, um dos vulcões ativos mais altos do mundo
O medo de um evento semelhante ao devastador tsunami de 2011 levou os japoneses em áreas potencialmente afetadas a buscar abrigo em centros de evacuação, embora nenhum problema tenha sido reportado nas usinas nucleares do país. No Havaí, o início do dia ainda estava sob aviso de tsunami, levando a um grande movimento de carros e pessoas tentando sair de áreas costeiras, especialmente nas ilhas de Oahu e Big Island. Mais tarde, as ordens de evacuação foram canceladas.
Especialistas explicam que um tsunami não é uma única onda gigante. Dave Snider, coordenador de alertas do Centro Nacional de Alerta de Tsunami do Alasca, detalhou: “É uma série de ondas poderosas que podem durar horas ou até mais de um dia. Essas ondas viajam pelo oceano profundo a velocidades impressionantes, comparáveis a um avião a jato. Porém, ao se aproximar da costa, elas perdem velocidade e ganham altura, aumentando o risco de inundação”.
Enquanto o perigo de tsunami parecia diminuir em algumas regiões – com o Japão e a própria Kamchatka reduzindo ou cancelando seus alertas –, outras nações do Pacífico ainda se preparavam. O Chile elevou o nível de alerta para o máximo em grande parte de sua costa e iniciou a evacuação de centenas de pessoas. Na Polinésia Francesa, especialmente nas remotas Ilhas Marquesas, as autoridades alertaram a população para buscar áreas elevadas, prevendo ondas de até 2,5 metros. No Equador, as Ilhas Galápagos também ordenaram a evacuação preventiva de áreas costeiras vulneráveis.
Danila Chebrov, diretor do Serviço Geofísico de Kamchatka, informou que réplicas do grande terremoto continuavam a ocorrer na região, embora não se esperassem tremores mais fortes no curto prazo. A Terra demonstrou mais uma vez sua força colossal, interligando vulcões, terremotos e ondas através do vasto Oceano Pacífico.
Esse Vulcão na Rússia começa a entrar em erupção após grande terremoto no Pacífico foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.