
A tranquilidade de uma viagem de cruzeiro pelo Pacífico virou tensão máxima para turistas no Havaí no dia 29 de julho. Passageiros, incluindo a britânica Rachel Burrows, viviam um momento de pânico quando alertas de tsunami começaram a soar nos celulares e sirenes tomaram conta da ilha principal, conhecida como Big Island.
Os avisos, classificados como “perigo imediato”, eram claros e urgentes: era preciso abandonar a costa imediatamente e buscar áreas mais altas. O motivo era um gigantesco terremoto, de magnitude 8.8, que havia ocorrido horas antes, no longínquo extremo leste da Rússia.
O epicentro foi localizado na Península de Kamchatka, uma região remota e conhecida por sua intensa atividade sísmica. Este tremor entrou para a história como o sexto maior já registrado instrumentalmente.
A força colossal do sismo no Pacífico Norte gerou ondas capazes de cruzar o oceano. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico (PTWC) emitiu alertas para diversas localidades, incluindo Japão e a costa oeste dos Estados Unidos. Para o Havaí, a previsão inicial era de que as primeiras ondas chegariam por volta das 19h17, horário local do dia 29.
Foi nesse cenário que Rachel e outros passageiros do cruzeiro se viram em terra. As mensagens nos telefones não paravam, intensificando o alerta e começando a fornecer horários estimados para a chegada do tsunami. O som das sirenes de emergência, acionadas por toda a ilha, aumentava a sensação de urgência e o medo de uma ameaça real e séria.

Rachel Burrows descreveu a situação como “assustadora” (BBC News)
“Todo mundo começou a correr para voltar ao navio porque eles estavam fechando o acesso. Precisávamos zarpar para o mar aberto”, relatou Rachel ao BBC News. Ela descreveu a cena como assustadora: “Por sorte, fomos um dos últimos a conseguir voltar ao navio. Dali, vimos muitas outras pessoas sendo deixadas no porto e formando fila, mas elas não conseguiram embarcar. Foram orientadas a buscar terrenos altos na ilha”.
Enquanto o navio de Rachel se preparava para deixar a costa rapidamente, as primeiras ondas do tsunami, com altura superior a 1,5 metro, começaram a atingir as ilhas havaianas. Relatos de alagamentos surgiram em várias áreas litorâneas.
As autoridades agiram rápido, ordenando a evacuação para o interior. A mensagem do Departamento de Serviços de Emergência de Oahu, divulgada na rede social X (antigo Twitter), não deixava dúvidas: “AJA AGORA! Ondas de tsunami estão impactando o Havaí neste momento”.
A população local e turistas seguiram os protocolos, buscando refúgio em pontos elevados. O medo era palpável, alimentado pela incerteza sobre a força real que as ondas subsequentes poderiam ter. Horas após o início do evento, o PTWC rebaixou o alerta máximo de tsunami para um “aviso” (advisory). Este status indica que uma onda capaz de gerar correntes perigosas está chegando ou ocorrendo, mas não se espera inundação significativa em terra.
Mesmo sob aviso, o perigo não desaparece imediatamente. Correntes fortes podem persistir por horas, representando riscos sérios para portos, marinas, praias e embarcações próximas à costa. As ações recomendadas incluem fechar praias, esvaziar áreas portuárias e, sempre que seguro, levar navios para águas profundas. O susto no Havaí foi grande, mas os sistemas de alerta e a resposta rápida ajudaram a evitar uma tragédia maior.
Esse O aviso aterrorizante ouvido por pessoas em navios de cruzeiro após avisos de tsunami foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.