
A Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas) negocia a expansão da lista das exceções da taxação de 50% a produtos brasileiros aplicada pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
A intenção da associação é expandir a lista de isenção, que atualmente abrange apenas o quartzito, para outras rochas naturais exportadas pelo Espírito Santo ao país norte-americano.
O quartzito representa 40% das pedras naturais exportadas pelo Espírito Santo e a isenção foi comemorada pelo setor. Apesar disso, outras rochas como mármore e granito seguem taxadas.
De acordo com a Centrorochas, a associação está em parceria com entidades americanas como o Natural Stone Institute (NSI) e a National Association of Home Builders (NAHB) para que a lista seja aumentada.
A intenção é incluir além do granito e do mármore, a ardósia e a pedra-sabão, rochas amplamente utilizadas pela indústria americana, e sem substitutos viáveis na produção dos Estados Unidos.
“O setor está unido, agindo com responsabilidade, estratégia e diálogo. A isenção parcial foi um avanço, mas precisamos garantir que toda a cadeia compreenda os impactos da medida e esteja preparada para os próximos passos”, disse Tales Machado, presidente da Centrorochas.
Agenda oficial
De acordo com a Centrorochas, as negociações seguem e contarão com novos desdobramentos a partir da agenda oficial que ocorre na Embaixada do Brasil em Washington, nesta sexta-feira, 1º de agosto.
A associação entregará uma carta conjunta à NSI e à NAHB, solicitando apoio à inclusão de novos códigos tarifários (HTSUS) que abrangem rochas naturais de origem brasileira também sejam contemplados, preservando empregos, contratos e investimentos em ambos os países.
O evento reunirá cerca de 20 participantes, incluindo representantes da indústria brasileira, membros da Embaixada, convidados da imprensa local e lideranças de importantes organizações dos Estados Unidos.
Segundo a Centrorochas, estão confirmadas as presenças das empresas brasileiras Cosentino, Emerstones, Magban, Milanezi Granitos e Santo Antonio, além do presidente da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos), Maurício Borges.