
Companhia faz 1ª apresentação no Festival do Folclore com homenagem ao ‘coco de roda’
Olímpia (SP), conhecida como a Capital Nacional do Folclore, reforça o compromisso com a cultura popular a partir de sábado (2) com a realização do 61º Festival do Folclore (Fefol). Entre os grupos que sobem ao palco pela primeira vez, a história da Cia Zazuê ganha destaque.
Formada por 22 integrantes, decidiu abrir a trajetória com sete coreografias em homenagem ao coco de roda alagoano.
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O evento, que tem apoio da TV TEM, ocorrerá durante os nove dias no Recinto do Folclore “Professor José Sant’anna” em homenagem ao estado do Maranhão. Ao todo, integrantes de 23 estados vão estar representados no palco. Confira a programação completa e informações sobre os grupos participantes no site.
Fundado pela professora e bailarina Kaynara Salles Rocha, de 25 anos, natural de Olímpia, o grupo está em atividade há apenas cinco meses, desde o dia 1º de fevereiro deste ano e se dedica à dança parafolclórica, buscando preservar, valorizar e difundir a cultura brasileira, conectando tradição e contemporaneidade.
🔍 Parafolclore se refere a grupos culturais que apresentam manifestações folclóricas, mas cujos membros não são, em sua maioria, portadores das tradições que representam. Em outras palavras, são grupos que encenam e interpretam o folclore, mas que não são necessariamente originários das comunidades onde essas tradições nasceram.
A abertura do espetáculo será um tributo à própria Olímpia, com duas músicas que falam sobre a cidade: entre elas, o hino do festival, “Festa de um Povo”, de Wadão Marques e Decinho Pereira.
Em seguida, o grupo apresenta seu o bloco oficial: uma homenagem aos padrinhos do grupo, o Coco de Roda Reis do Cangaço, de Maceió (AL), que doou figurinos e inspirou a pesquisa artística. Entre os integrantes estão bailarinos, músicos, marketing e diretoria.
👨👩👧 Tradição de família
Companhia faz 1ª apresentação no Festival do Folclore com homenagem ao ‘coco de roda’ em Olímpia (SP)
Cia Zazuê/Divulgação
A história da Zazuê também é marcada por uma ligação familiar com o Festival do Folclore. Inspirada pelos pais que, conforme ela, sempre participaram ativamente do festival, Kaynara sonhava com um grupo para chamar de “seu”.
O pai da jovem teve contato próximo com o professor Sant’Anna, idealizador do evento, e participou de diversas formas: como dançarino, músico, ilustrador e escultor. Neste ano, ele volta ao palco cantando e tocando no grupo da filha, além de ter criado o desenho que ilustra o cartaz oficial do festival.
A mãe também tem uma trajetória no Fefol: dançou e cantou em várias edições e, agora, além de cantar na Zazuê, é responsável pela confecção de parte dos figurinos usados na estreia.
“Sempre tive o sonho de ter o meu próprio grupo e a estreia não poderia ser em outro lugar. Teremos a honra de estrear no solo sagrado da cultura brasileira. Posteriormente vamos começar a pensar em outros blocos de dança, aumentar nosso elenco e em breve começar a participar de outros festivais também”, celebra a fundadora.
A escolha do nome da companhia também guarda uma curiosidade afetiva. Conforme Kaynara, surgiu de um sonho do pai dela, que ouviu o grupo sendo anunciado no palco do festival como “Zazuê”. Ao pesquisar o termo, descobriram o significado:
“Zazu significa tempo de movimento, de resgatar o que é belo e nosso. Foi assim que nasceu a Cia Zazuê”, explica Kaynara.
Sobre o festival
Fefol em Olímpia (SP)
Divulgação
No total, 66 grupos estão confirmados para esta edição, dos quais 46 vêm de diversas localidades do Brasil e 20 são grupos locais. Outro destaque deste ano é que, desse total, 15 grupos confirmados participarão pela primeira vez do Fefol, entre eles o Zazuê.
O estado de São Paulo, o anfitrião, é o que traz o maior número de agremiações, apresentando desde a catira, a folia de reis, o congado, a outras manifestações que demonstram a força da identidade cultural do território.
Criado na década de 1960 pelo professor José Sant’anna, o evento preserva e valoriza as tradições populares brasileiras há mais de 60 anos, reunindo manifestações autênticas de todas as regiões do país.
A programação reúne mais de 120 apresentações no palco principal, desfiles pelas ruas centrais, oficinas de dança, Pavilhão de Artesanato e atividades no Museu do Folclore, com destaque para o Maranhão. A expectativa é de mais de 180 mil visitantes durante os nove dias de festival.
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