Integrantes de movimentos sociais, sindicais, estudantis e dos trabalhadores estiveram reunidos nesta sexta-feira (1º) pela manhã em frente à Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, em defesa da soberania nacional.
O mote da manifestação foi as recentes tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump ao Brasil. Em carta enviada ao presidente Lula (PT), ele acusa o Estado brasileiro de perseguir politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, além de promover “graves violações de direitos humanos” e comprometer o Estado de Direito.
“Essa ação hoje é pra mostrar que não é só uma ação do governo, de parlamentares. O povo se levanta contra as ações injustas de Trump, que vão causar, claro, a economia brasileira, que também querem abalar quando nós já conseguimos democracia e soberania do nosso mundo”, declarou a deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG), que esteve presente no ato.
O presidente estadunidense assinou na quarta-feira (30) uma ordem executiva que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida entra em vigor na próxima quarta-feira (6). Ficaram de fora da lista alguns itens listados como essenciais à cadeia produtiva dos Estados Unidos. Petróleo cru, suco de laranja concentrado e aviões comerciais são alguns produtos que não foram taxados.

Para o integrante da direção do PT no DF, Hélio Barreto, o ato reafirma a posição do povo brasileiro diante da soberania nacional. “Estamos percebendo que a soberania nacional é uma pauta do povo brasileiro cada vez mais ampla que está ecoando por aí e essa é a hora da gente defender o Brasil, defender os direitos do povo trabalhador e não deixar o imperialismo entrar para saquear o nosso futuro”, explicou.
Fim da escala 6×1 e libertação da Palestina
Além do tarifaço, os manifestantes reivindicaram o fim da escala 6×1 e pediram o fim do genocídio na Palestina.
O presidente da Federação Árabe Palestina (Fepal), Ualid Hussain, que também participou do protesto, disse que o país norte-americano é um dos principais responsáveis pelas mortes em Gaza.
“Estamos aqui para denunciar os Estados Unidos como o grande ator internacional imperialista e colonialista que extermina por meio de genocídio o povo palestino para impedir a sua autodeterminação. É este mesmo país genocidário que verdadeiramente implementa esse genocídio por meio de Israel na Palestina, que ameaça a soberania do Brasil, que ataca a nossa soberania sobretaxando os nossos produtos, interferindo nosso judiciário”, argumentou.

Foram convocados atos em outras regiões do país, quase todos em frente aos consulados estadunidenses das capitais. Em São Paulo (SP), no Consulado dos EUA; em Salvador (BA), no Campo Grande; no Rio de Janeiro (RJ), no Consulado dos EUA; em Porto Alegre (RS), na Esquina Democrática; em Belo Horizonte (MG), na Praça Sete; em Manaus (AM), na Praça da Polícia/Palacete Provincial; em Recife (PE), na Praça do Derby; e em Florianópolis (SC), na Praça da Alfândega.
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