
A partir de segunda-feira (4), 33 escolas de Feira de Santana, com aproximadamente 20 mil alunos, terão acesso a novos equipamentos tecnológicos. Nesta sexta-feira (1°), a Prefeitura Municipal, em parceria com a Secretaria de Educação, entregou 33 equipamentos de ensino em terceira dimensão (3D). A ação faz parte de um projeto nacional que visa trazer mais tecnologia para as salas de aula e aprimorar a experiência de aprendizado dos estudantes.
O projeto, que está na sua segunda fase, contemplou outras 18 escolas entre fevereiro e março deste ano. Ao todo 26.311 estudantes já foram contemplados.

Os equipamentos, que incluem notebooks de última geração, projetores 3D, sistema de som Dolby automotivo e óculos 3D, são estruturados em unidades móveis e podem ser transportados para diferentes ambientes escolares, permitindo a realização das aulas mesmo em locais sem acesso à internet, já que todo o conteúdo é offline. O objetivo é garantir a inclusão tecnológica também para as escolas da zona rural.

Durante a entrega, o prefeito José Ronaldo de Carvalho destacou em entrevista ao Acorda Cidade, o papel da inovação na educação e a importância de despertar a curiosidade nos alunos.
“Você tendo algo que você possa se aprofundar mais, buscar mais, desperta curiosidade. Ajuda você a pesquisar, a estudar mais, para que você possa se transformar em um aluno com boas notas na sala de aula e levar esses conhecimentos para o seu futuro na educação. O objetivo é esse: crescer, evoluir e avançar”, afirmou.

O secretário de Educação e vice-prefeito, Pablo Roberto, também fez questão de ressaltar a importância desses novos equipamentos para a rede municipal de ensino.
“Temos a oportunidade de ter aulas mais interativas, no campo da tecnologia. O nosso grande desafio na rede municipal de ensino hoje é prender a atenção do aluno na sala de aula, no modelo de aula tradicional, levando em consideração que os alunos têm acesso a outras tecnologias, como tablets e computadores, coisas que muitas vezes eles não conseguem usar na escola. Esse equipamento chega exatamente para isso: para fortalecer esse processo de educação”, explicou o secretário ao Acorda Cidade.

Os novos equipamentos serão utilizados tanto pelos professores quanto pelos alunos. “Os professores terão a oportunidade agora de preparar a sua aula com tecnologia e inovação, levando o aluno para conhecer o mundo inteiro a partir da sala de aula, tendo acesso a conhecer o corpo humano e a todo o processo de educação agora em terceira dimensão”, acrescentou o secretário.
Segundo Pablo Roberto, a formação dos professores para o uso dessas tecnologias é contínua, com o objetivo de expandir o acesso a 50% das escolas até o final de setembro e atingir 100% até o primeiro semestre de 2026.
Agenda da Educação
Além das melhorias tecnológicas, o prefeito José Ronaldo também abordou a situação da rede de ensino em relação à falta de professores. Desde o início da gestão, o município tem convocado todos os professores permitidos por meio do concurso, mas, recentemente, foram descobertos mais 32 vagas que estão sendo preenchidas.
“Em janeiro, começamos a trabalhar com o concurso em andamento e convocamos todos os professores permitidos. Recentemente, descobrimos mais 32 vagas que estão sendo nomeadas, o que traz um total de cerca de 400 novos professores na rede. Porém, novas decisões podem obrigar a ampliar ainda mais contratações.”

Para o prefeito, essa é uma situação preocupante, pois, além de já haver a demanda por mais professores, novas decisões podem aumentar ainda mais a necessidade de contratações.
Na próxima semana, o prefeito e o secretário de Educação irão a Fortaleza, no Ceará, para discutir os rumos do Projeto Caminhos do Bem, que melhorou o índice escolar na região e que já vem sendo implementado em Feira.
“Os técnicos lá em Fortaleza vão justamente apresentar o estágio com que isso está acontecendo aqui em Feira, para que a gente aprenda, discuta e avance cada vez mais dentro desse projeto”, explicou José Ronaldo.
José Ronaldo também falou sobre os desafios do sistema educacional e avaliou os índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
“Sabemos que nosso Ideb não é bom. Tudo isso que está sendo feito é para melhorar o nosso índice. Só que ninguém pode fazer isso sozinho. Isso só dá certo quando todos nós abraçamos a causa”, afirmou.
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