Setor de transporte alternativo registra queda na operação; presidente da associação relata que sem legalidade, a tendência é acabar

Transporte alternativo
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Na manhã de sexta-feira (1º) Raimundo de Souza, conhecido como Dinho do Alternativo, participou ao vivo do Programa Acorda Cidade. Ele é o presidente da Associação do Transporte Alternativo em Feira de Santana. Durante a entrevista, ele relatou as dificuldades enfrentadas pela classe.

O representante, que também atua no transporte alternativo, contou que a quantidade de profissionais vem reduzindo nos últimos anos. “As nossas vans eram 107. Hoje a gente só tem 80 vans operando. Desistências a todo momento.”

Raimundo de Souza, presidente da Associação do Transporte Alternativo em Feira de Santana
Raimundo de Souza, presidente da Associação do Transporte Alternativo em Feira de Santana – Foto: Iasmim Santos

Segundo Dinho, a redução vem da baixa rentabilidade que o serviço está apresentando. A queda é preocupante. 

“Uma van dessa fatura em média 550, 600 reais por dia. Quando tira tudo, ficam 120 reais. É melhor fazer moto Uber do que ter uma van de 200, 300 mil. Hoje, com 18, 20 mil, você compra uma moto boa”, lamentou.

A solução, para o representante da classe, é que venha um subsídio por parte do poder público, para que os profissionais tenham melhores condições para continuar atuando na área.

“Ou vem a legalidade para sermos subsidiados igual as empresas de ônibus ou infelizmente a tendência é acabar, porque quando você tem um comércio e esse comércio não lhe traz lucratividade, você vai baixar as portas.”

Auxílio para a demanda dos ônibus coletivos. É assim que Dinho enxerga a atuação das vans em Feira de Santana, e por isso ele acredita que é necessário um olhar mais atencioso para as demandas que, segundo ele, já vêm sendo reivindicadas há um bom tempo. 

“Venhamos e convenhamos que tanto nós como a prefeitura precisamos um do outro. Porque se tem local que o ônibus não vai e a gente vai, então tá dizendo que naquele local, as vãs podem servir. Mas existem pessoas naquele local também que não têm o cartão, e sofrem por ter que pagar a passagem do bolso. A bilhetagem eletrônica é outra maneira, ela traz mais passageiros, ela traz o subsídio junto e a gente consegue sobreviver.”

Para discutir essas propostas, Dinho informou ao Acorda Cidade que está mantendo diálogo constante com a prefeitura e vendo o que é possível ser feito para o serviço não acabar.

“Estou dialogando com o nosso prefeito, com Sérgio Carneiro, para trazer benefício e qualidade para nossas comunidades. As empresas de ônibus recebem R$ 9,26, então já é subsidiado para as empresas. Por exemplo, a questão de meia em passe, eles recebem tudo. E a gente não recebe. Nós aqui ainda estamos sobrevivendo, e esperando os dias melhores. Esperando uma solução.” concluiu Dinho.

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