Químico PFHxA pode afetar mais meninos no autismo

Pessoa adulta com autismo fazendo terapia.
Pessoa adulta com autismo fazendo terapia – crédito: Freepik

Um estudo conduzido pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, investigou a razão pela qual o transtorno do espectro autista (TEA) é mais frequentemente diagnosticado em meninos. A pesquisa aponta que cérebros masculinos são mais vulneráveis a compostos químicos ambientais, em especial os chamados “químicos tóxicos permanentes”, como o PFHxA.

Presente em embalagens de alimentos e tecidos antimanchas, o PFHxA foi associado a alterações comportamentais semelhantes ao autismo, incluindo hiperatividade e ansiedade social. Em testes com ratos, os machos expostos à substância apresentaram mudanças significativas no comportamento, enquanto as fêmeas não demonstraram os mesmos efeitos.

Descobertas e Implicações do Estudo

Os autores do estudo destacam que esses compostos, encontrados em produtos de uso cotidiano, demoram milhares de anos para se degradar e já foram relacionados a problemas como câncer e infertilidade. A pesquisa sugere que a exposição a essas substâncias pode impactar o desenvolvimento neurológico, especialmente em meninos.

Os pesquisadores defendem o aprofundamento de estudos sobre os efeitos do PFHxA nas áreas do cérebro ligadas à memória, ao movimento e ao processamento emocional. Também propõem novas regulamentações para limitar o uso desse tipo de substância, visando à prevenção e ao aprimoramento de estratégias de diagnóstico precoce do TEA.

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