Projeto ‘Casa da Mulher Flutuante’ busca levar atendimento para vítimas de violência doméstica por rios no AM


Projeto busca levar atendimento para vítimas de violência doméstica no AM
A servidora pública e ativista feminista Cynthia Rocha Mendonça apresentou o projeto “Casa Flutuante da Mulher Brasileira”, durante a Expo UEA Innovation, em Manaus, nesta quarta-feira (6). A proposta do projeto é de uma unidade móvel, adaptada em uma balsa, para levar atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar em comunidades ribeirinhas, indígenas e áreas isoladas.
Segundo Rocha, o projeto está em fase de construção e articulação com órgãos públicos, sociedade civil e comunidade acadêmica. A expectativa é que, quando implementada, a “Casa Flutuante da Mulher Brasileira” leve atendimento humanizado e integrado a locais de difícil acesso na região no Amazonas.
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Inspirada na Casa da Mulher Brasileira, já existente em cidades do país, a versão flutuante reunirá, em um único espaço, órgãos e serviços especializados como Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público, Polícia Técnico-Científica, Instituto Médico Legal, além de atendimento médico, exames de corpo de delito, audiências remotas via internet/via satélite, programas de formação e geração de renda.
“O objetivo é garantir acolhimento, proteção e acesso à justiça a mulheres que hoje vivem em regiões invisibilizadas, sem estrutura para buscar ajuda”, afirmou Cynthia, que atua há mais de 20 anos como voluntária em ações de combate à violência contra a mulher.
A embarcação será equipada com energia solar, sistema de captação e tratamento de água, e contará com recursos de inteligência artificial para triagem de risco, análise de perfil de agressores e vítimas, georreferenciamento e diagnóstico das áreas prioritárias.
Projeto ‘Casa da Mulher Flutuante’ busca levar atendimento para vítimas de violência doméstica por rios no AM.
Divulgação
Os dados coletados serão integrados a aplicativos como o “Ronda Maria da Penha” e plataformas de segurança pública e do Poder Judiciário.
Segundo a idealizadora, o barco também funcionará como base para pesquisas e monitoramento, gerando indicadores inéditos sobre a violência de gênero na Amazônia.
“É um projeto que nasceu da escuta das mulheres e da vivência com as demandas que elas têm”, disse Cynthia.
Projeto ‘Casa da Mulher Flutuante’ foi apresentado durante evento em Manaus nesta quarta-feira (6).
Amanda Gonzalez
O projeto tem a parceria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Segundo o diretor da Agência de Inovação da UEA, Antônio Mesquita, a implementação do projeto deve beneficiar a região e contribuir para a redução dos índices de violência contra as mulheres nas áreas isoladas.
“É um projeto sensacional, é uma tecnologia social, resultado de uma dissertação de mestrado em segurança pública. O tribunal vai ser parceiro nessa empreitada, junto com a universidade, e vai gerar um benefício enorme para a sociedade”, afirmou o diretor.
Ainda segundo o diretor da Agência de Inovação da universidade, a UEA e o TJAM buscam investimentos para que a “Casa Flutuante da Mulher Brasileira” seja construída ainda durante o ano de 2025.
Projeto ‘Casa da Mulher Flutuante’ busca levar atendimento para vítimas de violência doméstica por rios no AM.
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