Vacina contra catapora está em falta em Minas Gerais


Vacina contra catapora está em falta em Minas
A vacina contra a catapora não tem sido encontrada com facilidade nos postos de saúde em Minas Gerais. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o problema ocorre desde 2023. O Ministério da Saúde tem repassado menos doses do que o necessário por causa da baixa disponibilidade de produção pelos laboratórios fabricantes.
De acordo com a SES-MG, seriam necessárias cerca de 60 mil doses por mês para suprir a demanda dos municípios mineiros. No entanto, a média mensal tem sido de apenas 24 mil doses. Entre janeiro e junho deste ano, Minas Gerais recebeu 144 mil doses do imunizante.
“Nós temos 853 municípios e não é possível suprir com todas as demandas. Nós temos solicitado ao Ministério da Saúde tanto as doses da varicela e da tetra, que pode ser utilizada alternativamente também, mas ainda não temos imunizantes suficientes para suprir nossa população. A questão da varicela é algo pontual ocasionado pelo laboratório produtor, mas a gente espera, ter a perspectiva que nesse segundo semestre ter uma retomada e voltar a abastecer os 853 municípios com esse imunizante tão importante”, explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi.
O Ministério da Saúde informou que há uma limitação global de produção da vacina e que tem mantido articulação com três fornecedores diferentes para garantir a imunização em todo o país.
Região Metropolitana de Belo Horizonte
Belo Horizonte também enfrenta o desafio da falta de doses suficientes. Por isso, a prefeitura aplica o imunizante em alguns postos específicos (veja os locais neste link). Mas o problema também se estende para a Região Metropolitana, que registra baixa cobertura vacinal.
Público alvo da vacina
A vacina contra a varicela é aplicada em duas doses: a primeira aos 15 meses de idade e a segunda aos 4 anos. Quem tem filhos que são o público-alvo da vacina tem reclamado da dificuldade em ter acesso.
“A informação que eles dão é essa: não tem e não tem previsão de chegar. A gente tem que voltar todos os dias para ver se chegou ou não. Não queremos que nosso filho fique doente”, reclamou a cozinheira Jéssica Machado.
“Sempre chega e já acaba. O meu filho de 1 ano e sete meses conseguiu mas só tinha uma de resto, era a última! Sempre tá em falta mesmo”, explicou a aposentada Solange Santos.
A cozinheira Jéssica Machado reclama da dificuldade em ter acesso ao imunizante.
Dai Nogueira – TV Globo
Solange Santos conseguiu a última dose que havia no posto para o filho de um ano e sete meses.
Dai Nogueira – TV Globo
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