
Um objeto vindo de fora do nosso Sistema Solar está se aproximando da Terra, e sua verdadeira natureza está gerando um debate fascinante entre os cientistas. Detectado no dia 1° de julho e batizado de 3I/ATLAS, esse viajante cósmico desperta a eterna pergunta: estamos diante de um simples pedaço de rocha espacial ou de algo mais intrigante?
A maioria dos astrônomos, cerca de duzentos especialistas, analisou os dados disponíveis e chegou a uma conclusão preliminar: o 3I/ATLAS provavelmente é um cometa. Afinal, objetos gelados vindos de outras estrelas, como os cometas interestelares ‘Oumuamua e Borisov, já foram identificados antes. Essa seria a explicação mais simples e comum.
Porém, um cientista de renome discorda dessa visão. O físico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, levantou dúvidas significativas em um artigo recente. Ele aponta características peculiares no 3I/ATLAS que não se encaixam perfeitamente no perfil de um cometa comum. Sua principal objeção é a aparente ausência de uma característica fundamental: a cauda cometária.
Cometas são conhecidos por exibir caudas brilhantes quando se aproximam do Sol. O calor solar vaporiza o gelo em seu núcleo, liberando gás e poeira que formam essas estruturas espetaculares. Imagens do 3I/ATLAS capturadas em 4 de julho e 29 de julho não revelaram nenhum sinal claro dessa cauda.

As origens do 31/ATLAS foram questionadas (ATLAS/Universidade do Havaí/NASA)
Loeb argumenta que a aceleração observada no objeto, combinada com seu tamanho aparente pequeno (próximo ao limite de resolução dos telescópios terrestres), pode criar ilusões ópticas. Ele questiona se relatos iniciais de uma “cauda” não seriam, na verdade, distorções causadas pelo seu movimento rápido.
Além disso, Loeb destaca a falta de detecção de emissões gasosas típicas de cometas e uma trajetória que parece se alinhar de forma muito conveniente com a geometria do nosso Sistema Solar. Para avaliar objetivamente a possibilidade de o objeto ser artificial, ele criou uma ferramenta própria, a “Escala Loeb”. Nessa escala, “0” significa definitivamente um objeto natural (como um asteroide ou cometa), e “10” indica claramente algo tecnológico, identificado por manobras, emissão de luz artificial ou sinais.
Atualmente, Loeb atribui ao 3I/ATLAS uma pontuação de 6 na sua escala. Isso significa que, na sua avaliação, há uma probabilidade significativa de que o objeto tenha sido construído, não formado naturalmente. Ele enfatiza que essa classificação pode mudar conforme novos dados forem coletados, especialmente quando o objeto se aproximar mais do Sol.

O cientista Avi Loeb acha que pode ser um OVNI
Loeb vai além em suas especulações. Baseado em cálculos de engenharia, ele sugere um cenário onde o 3I/ATLAS poderia ser uma espécie de “nave-mãe”. Essa estrutura maior liberaria pequenas sondas que realizariam uma manobra complexa (uma manobra de Oberth reversa) perto do periélio (ponto mais próximo do Sol) para reduzir sua velocidade e interceptar a Terra. Segundo seus cálculos, essas hipotéticas sondas poderiam chegar ao nosso planeta entre 21 de novembro e 5 de dezembro de 2025.
Diante dessa incerteza, Loeb propõe ações concretas. Ele defende o uso de instrumentos poderosos, como o futuro Observatório Vera C. Rubin, para monitorar minuciosamente o 3I/ATLAS e outros objetos interestelares que possam ser descobertos. O foco deve ser buscar características anômalas, como aceleração não gravitacional sem cauda visível, emissões de luz incomuns ou formatos estranhos.
Uma proposta mais ousada envolve a sonda espacial Juno, da NASA, atualmente em órbita de Júpiter. Loeb sugere redirecionar a Juno para um encontro próximo com o 3I/ATLAS quando o objeto passar perto de Júpiter no próximo ano. Essa seria uma oportunidade única de obter dados de alta resolução e, potencialmente, imagens diretas, esclarecendo de uma vez por todas a natureza do visitante.
Loeb também levanta a questão da preparação. Se houver a mínima possibilidade de o objeto ser artificial, governos e agências espaciais deveriam ter planos de ação discutidos e preparados. O monitoramento constante do céu com os telescópios mais avançados disponíveis é considerado a medida mais imediata e viável para acompanhar o deslocamento do 3I/ATLAS e detectar qualquer comportamento inesperado. A comunidade científica aguarda ansiosamente por novas observações que possam resolver este enigma cósmico.
Esse Cientista de Harvard diz que objeto misterioso vindo em direção à Terra “não é natural” após destacar um problema importante foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.