
William de Oliveira Silva, conhecido como “Ceguinho”, que se passava por policial militar, é um dos chefes da facção GDE em Fortaleza.
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Um homem apontado como um dos chefes da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) em Fortaleza se passava por policial militar, inclusive vestindo a farda e portando uma carteira funcional falsa da corporação, segundo as investigações da polícia.
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William de Oliveira Silva, conhecido como “Ceguinho”, de 24 anos, foi preso em novembro de 2024, no Bairro Joaquim Távora, na capital, por ordenar o assassinato de um homem na região.
“William ‘Ceguinho’ tinha o hábito de se passar por policial, ao ponto de, durante as buscas e apreensões em sua casa, ter sido apreendido um fardamento da polícia militar, falsa carteira funcional da PM/CE em seu nome e carteira com o brasão da instituição”, diz um trecho da denúncia do Ministério Público.
Conforme as investigações, quando o criminoso usava a farda da polícia conseguia transitar em determinados ambientes sociais e institucionais sem levantar suspeitas.
“Inclusive mantendo contato com verdadeiros agentes públicos, os quais, em tese, acreditavam se tratar de um policial em formação”, aponta a investigação.
No momento da prisão de William, os agentes também apreenderam uma pistola, munição, seis celulares, 402 gramas de cocaína, balanças de precisão, medicamentos e R$ 2.242 em espécie.
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Atuação na facção
William de Oliveira Silva, conhecido como “Ceguinho”, é suspeito de ser mandante de um homicídio em Fortaleza e se passar por policial.
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Com a extração dos dados dos celulares de William, onde as fotos dele fardado de policial foram encontradas, os investigadores conseguiram identificar que o homem agia como o principal articulador das ações da GDE no Bairro Piedade, ocupando a função de “Sintonia Geral”.
Isso significa que ele era responsável por coordenar ações criminosas como tráfico de entorpecentes, fornecimento de armas, planejamento de homicídios e estratégias da facção nos bairros Piedade, Joaquim Távora, São João do Tauape (Lagamar) e Pio XII.
Além disso, o suspeito mantinha ligação direta com outros membros fundadores do grupo criminoso, inclusive dando apoio logístico a integrantes foragidos.
As provas colhidas na investigação sobre William levaram o Ministério Público denunciar ele e outras 28 pessoas por integrar organização criminosa, entre outros crimes.
Ordem de assassinato
Preso suspeito de homicídio em Fortaleza
As investigações sobre William iniciaram a partir do assassinato de Thiago Barbosa Feitosa, o “Xilito”, ocorrido no dia 2 de outubro de 2024, na Rua Padre Chevalier, no Bairro Joaquim Távora, na capital cearense.
No dia do crime, Thiago estava próximo a um ponto de drogas quando foi atingido por tiros na cabeça e no rosto, morrendo no local.
No decorrer das investigações sobre o assassinato, a polícia descobriu que o autor dos disparos foi Carlos André de Almeida Bandeira, o “Jacaré”, que agiu a mando de William.
O crime teria sido motivado em decorrência do uso indiscriminado de crack por parte de Thiago, o que fazia com que ele apresentasse “comportamentos tidos como inadequados à facção”, da qual ele tinha sido expulso.
Carlos André foi preso no dia 17 de outubro. Já William, foi capturado no dia 28 de novembro.