PF prende suspeito e investiga financiadores de garimpos ilegais em Terra Indígena no Pará


Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão no Pará e em Tocantins.
PF PA
A Polícia Federal (PF) iniciou nesta sexta-feira (8) a operação “Cupim de Aço”, no Pará e no Tocantins, para desarticular o esquema de financiamento de garimpos ilegais ao redor da Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, sudeste paraense.
Durante a operação, um dos alvos foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo em Campos Lindos (TO). A prisão ocorreu no cumprimento de um dos cinco mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, três mandados foram cumpridos no distrito da Taboca, em São Félix do Xingu e dois em municípios tocantinenses: Araguaína e Campos Lindos, onde também foram apreendidos conteúdos digitais, veículos, joias, armas e outros materiais.
A operação é um desdobramento de investigações iniciadas após a identificação de degradações ambientais na região de São Félix do Xingu.
Histórico de garimpo
Em maio de 2024, durante ação policial em Taboca, foi encontrado seis garimpos ilegais de ouro e cassiterita em plena atividade. A partir daí, os investigadores conseguiram identificar os financiadores da atividade ilegal e o responsável pela terra onde ocorria a extração.
Na época, a ação contou com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e também buscou combater crimes ambientais no entorno da mesma Terra Indígena.
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Durante a operação, foram inutilizadas seis escavadeiras hidráulicas, dois motores e uma caixa de coleta de minérios.
Equipamento destruído durante operação.
PF PA
Além disso, os agentes encontraram trabalhadores vivendo em barracões de lona, sem estrutura básica, água potável ou saneamento, em condições precárias. Apesar disto, os policiais informaram que não foi confirmada trabalho análogo à escravidão.
Até então ninguém havia sido preso, mas os proprietários das áreas foram identificados e deverão responder também por crimes ambientais e apropriação indevida de bens da União.
As duas operações integram as estratégias da PF para cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Kayapó, no Pará, e o combate a atividades ilegais. As investigações seguem para dimensionar o prejuízo ambiental e identificar outros envolvidos.
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