Alice Greaves tinha apenas 24 anos quando um achado inesperado mudou sua vida. Em novembro de 2022, ao realizar o autoexame das mamas, algo que ela considerava um hábito de saúde, sentiu um nódulo. Preocupada, ligou imediatamente para seu clínico geral (GP) no Reino Unido.
A resposta que recebeu, porém, não foi a que esperava. O médico, baseado apenas na consulta telefônica, sugeriu que poderia ser apenas um problema muscular no peitoral. O argumento central? Alice era considerada “jovem demais” para desenvolver câncer de mama.
A tranquilidade inicial durou pouco. Alguns meses depois, uma amiga próxima recebeu um diagnóstico de câncer de mama. Esse fato acendeu um alerta intenso em Alice. Determinada, ela retornou ao médico, exigindo ser examinada pessoalmente.
Desta vez, o cenário era completamente diferente. Os exames revelaram uma situação séria. Em apenas uma semana após essa consulta insistente, Alice recebeu o diagnóstico oficial: câncer de mama em estágio três.
O tratamento começou de forma agressiva, incluindo a mastectomia dupla. Apesar dessa intervenção radical, o câncer de Alice revelou-se implacável. A doença progrediu para o estágio quatro, o mais avançado, e espalhou-se para órgãos vitais: atingiu seus pulmões e, alarmantemente, seu cérebro. Em junho deste ano, a descoberta de um tumor cerebral exigiu ação imediata. Alice foi submetida a uma cirurgia de emergência para remover essa nova ameaça.
Atualmente, aos 27 anos, Alice está em um momento delicado de monitoramento. Após a cirurgia cerebral e sessões de radioterapia para os tumores pulmonares, ela está temporariamente sem tratamento ativo. Um acompanhamento recente com seu neurocirurgião trouxe boas notícias sobre sua recuperação pós-cirúrgica.
Alice Greaves luta pela vida há três anos (Kennedy News and Media)
A perspectiva é de que o câncer tenha sido eliminado da mama e do cérebro. O foco agora está nos pulmões. Um novo exame de imagem, agendado para as próximas oito a doze semanas, trará mais clareza sobre a situação nesse órgão. Alice nutre a esperança de que as lesões pulmonares tenham diminuído.
A experiência transformadora de Alice gerou uma mensagem poderosa que ela compartilha abertamente. Ela expressa uma frustração palpável ao relembrar a dificuldade inicial em ser atendida com a seriedade devida.
“Foi uma frustração extrema pelo fato de eu ter tentado ser examinada”, afirma. Alice também sente uma ponta de raiva de si mesma por não ter insistido mais naquela primeira ocasião, mas reconhece a confiança natural depositada nos profissionais de saúde: “Eu aceitei a palavra deles, eles são os especialistas médicos”.
Diante do diagnóstico devastador, o instinto de sobrevivência falou mais alto. “Foi um choque, mas eu entrei no modo de lutar ou fugir, e escolhi lutar. Literalmente, não parei de lutar desde então”, declara com determinação. Sua luta pessoal transformou-se em um alerta público. Alice enfatiza a importância crucial da persistência, especialmente em um contexto como o do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS), onde marcar consultas pode ser um desafio significativo.
Alice está se recuperando de uma cirurgia cerebral de emergência (Kennedy News and Media)
Seu conselho é direto e baseado em sua vivência: “Você conhece o seu próprio corpo. Se algo não parece certo, você deve confiar no seu instinto e buscar ajuda”. Ela ressalta que mesmo um resultado tranquilo traz um benefício inestimável: a paz de espírito. Procurar avaliação médica diante de qualquer alteração suspeita é sempre a escolha mais segura.
A posição oficial do sistema de saúde local, representado pelo Leicester, Leicestershire and Rutland ICB, reforça essa necessidade de ação precoce. Um porta-voz destacou: “Não podemos discutir detalhes de casos individuais, devido à confidencialidade do paciente.
No entanto, se você está preocupado que possa ter câncer, deve se apresentar imediatamente para ser examinado pessoalmente pelo seu clínico geral. O tratamento tem maior probabilidade de sucesso se o câncer for diagnosticado precocemente, por isso é vital não ignorar quaisquer alterações nos processos normais do seu corpo ou sintomas incomuns e inexplicados”. A história de Alice é um testemunho vivo dessa urgência.
Esse Mulher diagnosticada com câncer avançado faz alerta sério após médico recusar exame por ela ser “jovem demais” foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
