
No Acre, mais de 600 crianças nasceram sem o nome do pai no registro em 2025
Entre 1º de janeiro e 9 de agosto de 2025, 634 crianças nasceram no Acre sem ter o nome do pai no registro de nascimento, segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil). O número corresponde a cerca de 6,9% de todos os nascimentos registrados no período, que foi de 9.098.
O cenário, porém, não é uniforme. Duas cidades se destacam de forma positiva: Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus não registraram nenhum caso de pai ausente neste ano até o último sábado (9).
Juntas, essas cidades tiveram 120 nascimentos no período, sendo 64 em Marechal Thaumaturgo e 56 em Santa Rosa do Purus.
📲 Baixe o app do g1 para ver notícias do AC em tempo real e de graça
Certidão de nascimento
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Embora a média estadual seja de 6%, alguns municípios superam de longe esse patamar. Proporcionalmente, Plácido de Castro lidera com 16% dos registros sem o nome do pai (15 de 96 nascimentos).
Em seguida aparecem Manoel Urbano (11%), e Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves (ambos com 10%).
LEIA TAMBÉM:
Comerciantes de Rio Branco esperam vendas modestas no Dia dos Pais
Acre teve quase 2 mil crianças nascidas em 2023 sem nome do pai na certidão
Empresário do Acre é condenado a seis anos de prisão por não pagar pensão dos filhos
Pai é obrigado pela Justiça a visitar o filho sob multa de R$ 10 mil no interior do Acre
Por que o Dia dos Pais ‘vale metade’ do que o Dia das Mães?
Na capital, Rio Branco, que concentra quase metade dos nascimentos do estado, foram 3.756 registros no período, dos quais 221 sem o nome do pai, representando 6%.
Já entre as cidades com menor proporção de pais ausentes, além de Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus, estão Brasiléia, Bujari e Epitaciolândia, todas com 4%. Já Feijó, Sena Madureira e Senador Guiomard registraram 5%.
Panorama estadual
O levantamento da Arpen Brasil é feito com base nos registros de nascimento lavrados nos cartórios de todo o estado e ajuda a mapear uma questão social que, segundo especialistas, pode estar ligada a fatores econômicos, culturais e ao acesso à Justiça para reconhecimento de paternidade.
Confira a média de pais ausentes por município no Acre de 1º de janeiro a 9 de agosto de 2025:
Plácido de Castro – 16%
Manoel Urbano – 11%
Cruzeiro do Sul – 10%
Rodrigues Alves – 10%
Mâncio Lima – 10%
Tarauacá – 8%
Capixaba – 8%
Acrelândia – 8%
Assis Brasil – 7%
Xapuri – 7%
Feijó – 7%
Rio Branco – 6%
Porto Acre – 6%
Porto Walter – 6%
Jordão – 5%
Senador Guiomard – 5%
Sena Madureira – 5%
Brasiléia – 4%
Bujari – 4%
Epitaciolândia – 4%
Marechal Thaumaturgo – 0%
Santa Rosa do Purus – 0%
Adultos com pais ausentes mostram como é a vida sem o acompanhamento paterno
VÍDEOS: g1