Ex-prefeito de Lages é alvo de operação do Gaeco que investiga contrato de pavimentação


Operação do Gaeco em SC tem como alvo ex-prefeito de Lages
Gaeco/Divulgação
Antônio Ceron, ex-prefeito de Lages, é alvo de uma operação coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), nesta quinta-feira (14), que investiga crimes envolvendo contratos de pavimentação asfáltica no município, o maior da Serra Catarinense. Os fatos apurados ocorreram entre 2017 e 2024, onde os valores se aproximam de R$ 80 milhões.
Além de Ceron, que já foi condenado na Operação Mensageiro, a ação investiga outros políticos, servidores públicos e empresário. Ao todo, a ação cumpre 14 mandados de busca e apreensão, entre eles na prefeitura e na Câmara de Vereadores. Uma pessoa foi presa em flagrante após o encontro de uma arma.
Procurada, a defesa de Ceron disse que estava se inteirando dos fatos e que não iria se manifestar no momento. A prefeitura, que é alvo de mandado de busca, disse que presta apoio à operação, fornecendo os documentos e informações (leia abaixo).
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A ação é feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (Geac), em apoio à investigação feita pela Subprocuradoria-Geral para Assuntos Jurídicos do MPSC.
Os mandados foram autorizados pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) por conta do foro privilegiado de um dos alvos. As buscas são feitas em endereços ligados aos investigados em Lages, São José do Cerrito e Itapema, no Litoral Norte.
Esquema
Segundo o Gaeco, os envolvidos do setor público e privado tinham estreitos contatos, inclusive encontros pessoais, e, de modo a garantir o pagamento à empresa contratada, os agentes públicos recebiam ilicitamente valores em espécie.
A operação apura crimes de corrupção ativa e passiva, com pactuação de vantagens indevidas, mediante favorecimentos recíprocos.
A investigação tramita em sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas, informou o Ministério Público.
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🪨 Nome da operação
De acordo com o MP, a operação foi batizada de “Stone” devido à substância extraída do manual de produção asfáltica do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
O Stone Matrix Asphalt, ou Matriz Pétrea Asfáltica, é um revestimento asfáltico a quente que maximiza o contato entre agregados graúdos, aumentando a interação entre eles.
O que disse a prefeitura de Lages
Na manhã desta quinta-feira, 14 de agosto de 2025, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) estiveram na sede da Prefeitura de Lages para apurar os contratos firmados entre 2017 e 2024 com uma prestadora de serviços ao município.
Esclarecemos que a investigação tem como foco, exclusivamente, uma empresa que atua na pavimentação asfáltica de vias públicas. A Prefeitura de Lages está colaborando integralmente com a operação, disponibilizando todos os documentos e informações solicitadas, reafirmando seu compromisso permanente com a transparência, a legalidade e a proteção do erário, zelando pela correta aplicação dos recursos públicos.
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O que disse a escola
“Prezadas famílias, hoje um aluno trouxe escondido da família e da escola um bolo para vender para os colegas. Alguns alunos compraram e passaram mal. Foi chamado imediatamente o SAMU o qual realizou o atendimento e encaminhou os alunos a UPA.
A princípio, houve uma intoxicação alimentar por conta da ingestão desse alimento, a polícia científica encaminhou para fazer avaliação do alimento e assim que tivermos mais notícias iremos informá-los. Pedimos para que orientem seus filhos a não comprarem e não comerem alimentos que não são fornecidos pela escola. A direção lamenta a situação e irá cooperar junto à polícia e às famílias dos envolvidos.”
O que disse o estado
“A Secretaria de Estado da Educação, por meio da Coordenadoria Regional de Educação de Florianópolis, informa que os estudantes da EEB Prefeito Avelino Muller, em Biguaçu, foram prontamente atendidos e passam bem.
Os sintomas de intoxicação alimentar iniciaram após os alunos comerem um bolo, trazido de casa por um deles.
A gestão da escola reforçou a orientação para que não sejam trazidos alimentos externos para consumo na unidade, uma vez que os estudantes já recebem a alimentação escolar.”
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