
Um homem de 57 anos teve de ser internado em um hospital particular na Asa Sul, em Brasília, após se envolver em uma briga dentro de uma igreja no Gama.
Segundo a família, a confusão começou durante a missa da Paróquia São Sebastião, em 19 de julho, quando Edivan Santos pediu ao padre em voz alta que “intercedesse pela Palestina”.
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De acordo com a esposa, Elizabeth Souto, Edivan insistiu no pedido – mas um homem identificado como Julio Silva Neto se aproximou, irritado, e o puxou pelo braço.
“Ele tem um timbre forte, então ele falou alto. Acho que todo mundo ouviu, mas ele só pediu oração para os palestinos”, conta Elizabeth.
A intervenção se transformou em uma briga de fato. Como resultado, Edivan rompeu quatro ligamentos do joelho e passou por cirurgia nesta terça-feira (12).
A TV Globo questionou a defesa de Julio Silva Neto e a Arquidiocese de Brasília e aguarda resposta.
‘Agressor’ diz que Edivan estava bêbado
Em depoimento, Julio Silva Neto diz que homem estava aparentemento embriagado.
TV Globo/Reprodução
A Polícia Civil registrou o caso como lesão corporal. No boletim de ocorrência, o outro homem envolvido, Julio Silva Neto, de 44 anos, diz que estava na missa de sétimo dia de um amigo quando “um desconhecido, aparentemente embriagado, começou a gritar e tumultuar”.
Ele afirma que pediu para o homem parar e sair da igreja, mas foi agredido com dois socos. Julio conta que, para se defender, pegou o homem pela camisa, o jogou no chão e revidou com outros dois socos.
Em contato com a TV Globo, ele descreveu a reação como um “golpe de judô”.
A esposa de Edivan nega que ele estivesse embriagado.
“Ele não estava bêbado. O ato de ele pedir oração foi o que causou todo esse problema…”, diz Elizabeth.
Imagens não foram entregues à polícia, diz família
Edivan rompeu quatro ligamentos do joelho e passou por cirurgia nesta terça-feira (12).
TV Globo/Reprodução
Segundo a secretaria da paróquia, o local tem 16 câmeras de videomonitoramento — seis delas na área interna.
A família de Edivan afirma que não teve acesso às imagens,, e que elas também não foram entregues à Polícia Civil.
“Foi prometido pra família no momento das agressões que eles teriam total acesso às imagens. Mas quando fomos solicitar , a paróquia simplesmente negou e falou que, se quiséssemos as imagens, entrássemos com processo judicial”, disse a advogada Anna Paula Oliveira.
A defesa de Edivan também afirma que ele foi agredido por mais de uma pessoa e pediu que o caso seja reclassificado como lesão corporal qualificada por intolerância religiosa. A família pretende entrar também com um pedido de indenização por danos morais.
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