Cidade mais violenta da Bahia, Jequié teve sete homicídios nos 15 primeiros dias de agosto


Homem é assassinado em Jequié, no sudoeste da Bahia
Pelo menos sete homicídios foram registrados em Jequié nos 15 primeiros dias de agosto. É o que aponta um balanço levantado pelo g1 com base em registros de crimes ocorridos no município.
Localizada no sudoeste da Bahia, a cidade é considerada a mais violenta do estado e ocupa o segundo lugar no ranking nacional, ficando atrás apenas de Maranguape, no Ceará.
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As vítimas têm entre 19 e 45 anos. Os casos são investigados pela Polícia Civil (PC) da cidade. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
Confira os crimes
Dono de barraca de acarajé é morto a tiros em Jequié; esse é o 6º homicídio na cidade em menos de uma semana
Reprodução/TV Sudoeste
O assassinato mais recente aconteceu na noite de quinta-feira (14). Um homem de 44 anos estava em um bar, no bairro Jequiézinho, quando foi baleado várias vezes.
Os suspeitos são apontados como dois homens, que chegaram ao local em uma motocicleta e depois fugiram. A vítima, que não teve o nome divulgado, chegou a ser levada para o Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), mas não resistiu.
Antes disso, na terça-feira (12), um homem de 45 anos e uma jovem de 19 conversavam em frente a uma casa, no bairro Curral Novo, quando homens armados chegaram atirando.
A mulher sobreviveu e foi levada para um hospital, onde ficou internada. Já a outra vítima, não identificada pela polícia, morreu no local do crime. Os suspeitos fugiram para um matagal.
No dia 6 de agosto, o dono de uma barraca de acarajé foi morto também a tiros, na mesma localidade onde o crime da quinta-feira aconteceu. Ele foi identificado como Marcus Vinicius de França Bispo, de 30 anos, que era conhecido como “Marcus do Acarajé”.
Homem é assassinado em Jequié e é o sexto caso em menos de uma semana
O empreendedor foi abordado por uma dupla que estava em uma motocicleta. Ele tentou fugir, mas não conseguiu escapar dos disparos. Marcus chegou a receber atendimento do Samu, mas não resistiu. A esposa da vítima, que trabalhava com ele no momento da ação, presenciou o assassinato.
Um dia antes, em 5 de agosto, uma jovem de 19 anos foi encontrada morta em uma área de vegetação, no bairro Cansanção. O corpo da vítima, que não teve o nome divulgado, tinha marcas de tiros.
Já no dia 4, três pessoas foram assassinadas a tiros dentro de um bar, no bairro Cidade Nova. O grupo foi surpreendido por quatro homens armados, que chegaram no local em um carro.
Duas vítimas chegaram morreram no local e a terceira chegou a dar entrada em um hospital, mas não resistiu. Os homens foram identificados como Magno Álvaro de Jesus Silva, de 19 anos, Paulo Cesar Souza dos Santos, de 26 anos, e Anderson Araújo Cabral, 37 anos.
Policiamento é intensificado
Policiamento é intensificado em cidades que figuram lista das mais violentas da BA
Reprodução/Bahia FM
Em entrevista ao programa “Boa Noite Bahia”, no dia 7 de agosto, o comandante-geral da Polícia Militar (PM), Coronel Magalhães, afirmou que o policiamento tem sido gradativamente intensificado nas cidades baianas que figuram lista das mais violentas do Brasil.
Cinco dos dez dos municípios mais violentos do Brasil são baianos, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024. São eles:
Jequié
Juazeiro
Camaçari
Simões Filho
Feira de Santana
Conforme o Coronel Magalhães, operações como a “Nordeste Integrado” – que visa combater a atuação de organizações criminosas interestaduais – são uma forma de combater esses altos índices de violência.
“A gente não contesta esses números. Eles ajudam a gente e nos orientam a tomar decisões e adotar determinadas posturas com relação a esses municípios que aparecem como destaque. Mas a gente tem uma preocupação de aumentar o policiamento em todo o estado”, pontuou o comandante-geral.
Segundo o gestor, uma redução nos índices criminais pode ser observada como resultado deste tipo de ação policial.
“Feira de Santana, Juazeiro, Jequié… Temos reduções em todos, em relação a 2024. Estamos intensificando o policiamento. A Segurança Pública está envolvida nisso e eu conclamo que a comunidade, a sociedade, esteja conosco, porque segurança pública não é só trabalho de polícia. É muito mais que isso. Precisamos que a comunidade nos informe, denuncie, pra facilitar o trabalho da polícia”, pontua o militar.
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