A Keeggo nasceu da RSI, pioneira em qualidade de software no Brasil. Durante décadas, esteve no centro de mudanças estruturais do sistema financeiro. Hoje a empresa buscar ser referência em performance digital, conceito que une qualidade, segurança, observabilidade e velocidade de entrega.
À frente desse movimento está Vitor Roma, CEO da Keeggo, executivo que há 25 anos está entregando tecnologia no Brasil. Ele traz na bagagem experiências que vão da fundação da Concrete em 2001 (vendida em 2017 para a Accenture) à liderança de iniciativas estratégicas no Google Play. Ele assumiu a Keeggo após um período no conselho da companhia, e desde então tem reposicionado a marca sem perder sua essência.
“Quando cheguei, minha visão não era apenas ampliar portfólio. Eu quis resgatar a essência: a Keeggo é uma empresa que trabalha com a performance de produtos digitais. Seja em qualidade de testes, segurança, nuvem ou observabilidade, sempre estivemos ligados a como o produto se comporta na vida real”, afirma Roma.
Da qualidade ao desempenho
Para Roma, o ciclo da transformação digital se encerrou. “Isso não significa que a tecnologia perdeu relevância. Pelo contrário: o digital virou o novo básico. Agora, o que importa é performar. Não impressiona mais quem gasta milhões em tecnologia, mas quem entrega valor real, recorrente e mensurável. O cliente volta não porque você fez propaganda, mas porque resolveu seu problema de forma simples e eficiente.”
A equação que guia esse novo momento, explica o executivo, é composta por três pilares: risco, custo e time-to-market. “Performance é equilibrar esses três fatores. Não adianta reduzir risco e custo se você não coloca o produto na rua no tempo certo. E não adianta lançar rápido sem estabilidade, segurança e confiabilidade. Esse equilíbrio é o que chamamos de performance digital.”
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Entre os projetos que orgulham a empresa está o trabalho para a Caixa Econômica Federal. O aplicativo que sustenta programas sociais como o Bolsa Família precisa funcionar em celulares de diferentes características e em regiões remotas do Brasil. “É missão crítica. Se falhar, o beneficiário não recebe. É nesse nível que atuamos: entregar performance em cenários onde não há margem para erro”, destaca Roma.
Outro exemplo está nos cinco maiores bancos do país, que utilizam soluções da Keeggo para garantir estabilidade, segurança e escalabilidade. “Estamos no coração do sistema financeiro brasileiro, que é exemplo para o mundo em termos de robustez regulatória.”
O desafio do “overtransformation”
Roma também alerta para um movimento pendular vivido pelas empresas: a descentralização excessiva de iniciativas digitais. “Nos últimos anos, cada área passou a lançar suas próprias soluções, o que levou a desperdícios bilionários. Agora, com juros altos e custo de capital elevado, vemos um movimento de recentralização. As companhias querem saber o que realmente gera retorno. É aí que entra a performance.”
Ele cita o conceito de overtransformation, discutido em Harvard, como reflexo de investimentos sem clareza de impacto. “Muitos projetos digitais não se pagam frente ao custo de capital. A conta não fecha. O foco agora é selecionar o que performa de verdade.”
Inteligência Artificial e segurança
A explosão da inteligência artificial também chegou aos clientes da Keeggo, mas Roma adota uma visão pragmática. “Por enquanto, não vi mágica. O que existe de fato é a capacidade de usar o histórico de dados — bugs, evoluções, uso — para prever reações futuras. A IA tem papel forte no preditivo, ajudando a antecipar riscos de produção.”
Já em segurança, a preocupação é crescente. “O impacto real das invasões é maior do que aparece nos jornais. Muitas empresas sofrem prejuízos silenciosos. Nossa missão é integrar segurança ao conceito de performance: não basta ser rápido e barato, precisa ser seguro.”
Orgulhoso de liderar uma empresa 100% nacional, Roma enfatiza que a Keeggo não depende de capital estrangeiro. “Somos empreendedores brasileiros, com capital brasileiro, que reinvestem o que produzem todos os meses. Isso dá independência estratégica e foco real no cliente.”
Para ele, a Keeggo não vende “caixas de tecnologia”, mas serviços personalizados. “Cada cliente tem sua dor. Nosso papel é montar um centro de performance que organiza qualidade, segurança, observabilidade e nuvem de forma customizada. Eu gosto de prestar serviço, de resolver o problema real do cliente.”
Roma tem insistido em uma mensagem clara: “É tempo de performar.” Para ele, a transformação digital cumpriu seu papel histórico. O futuro será definido pela capacidade das empresas de entregar produtos digitais estáveis, seguros, escaláveis e que realmente façam diferença para o usuário.
“O desenvolvedor é artista, criador. Mas alguém precisa olhar com pessimismo técnico e apontar riscos, custos e falhas. Esse é o papel da Keeggo: garantir que o que vai para produção esteja pronto para performar no mundo real.”
Sua mensagem é direta: “O tempo de transformar passou. Agora é tempo de performar.”
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