
Mulher acusa ex-companheiro de violência doméstica no litoral de SP
Arquivo pessoal
Uma aposentada, de 58 anos, afirma ter sido agredida e estar sendo perseguida pelo ex-companheiro, com quem conviveu por cerca de dois anos, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Vítima de violência doméstica, ela teve uma medida protetiva deferida pela Justiça, que foi descumprida pelo homem de 45 anos. Ela ainda acusa o suspeito de vender bens, avaliados em cerca de R$ 30 mil, e tentativa de estupro. A Polícia Civil investiga o caso.
Ao g1, a mulher disse que conheceu o ex-companheiro quando morava em São Paulo (SP) e trabalhava em um bar. Ela relatou que o homem era dependente químico, mas nunca havia apresentado sinais de agressividade.
Em dezembro de 2024, ela disse que perdeu o emprego na capital paulista, por conta de discussões envolvendo o companheiro. Eles se mudaram para Praia Grande, em fevereiro deste ano. Segundo ela, em abril, o homem passou a apresentar um comportamento agressivo.
✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp.
Por conta disso, ela registrou um boletim de ocorrência e se abrigou na casa de uma amiga em Itanhaém (SP). Ao retornar para casa, ela constatou que o homem havia vendido diversos eletrodomésticos da residência.
Agressões
Em julho, a situação se agravou, segundo a mulher, após ela negar manter relações sexuais com ele em razão de sua religião. A partir disso, ela conta que o homem começou a impedi-la de sair de casa, e passou a agredi-la de forma física e verbal. Além disso, ela conta que houve uma tentativa de estupro e o homem agrediu um de seus animais de estimação. Os casos foram comunicados à Polícia Civil.
O ex-companheiro, segundo ela, deixou a residência e foi morar no bairro Caiçara. No entanto, ela destaca que ele foi visto em frente ao seu condomínio e tentou acessar o local diversas vezes, mesmo com uma medida protetiva.
Mulher disse que ex-companheiro entrou nas sedes sociais e publicou mensagens apelativas
Redes sociais
Mensagens
A aposentada conta que o homem acessou as suas redes sociais e realizou diversas publicações (veja acima). No último final de semana, ele ainda ligou cerca de 30 vezes para o telefone dela durante a madrugada.
Ela disse que foi até o Ministério Público (MP) e solicitou a prisão junto ao órgão. O processo, conforme apurado pelo g1, corre em segredo de Justiça. Ainda segundo a vítima, o homem ainda teria prejudicado outras sete mulheres em relacionamentos anteriores.
“Precisa se tomar uma providência urgente, antes que ele faça uma próxima vítima”, destacou.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande instaurou um inquérito policial para apurar a prática de tentativa de feminicídio por parte do suspeito. De acordo com a pasta, outras informações foram preservadas a fim de não comprometer o andamento das investigações.
O g1 também solicitou mais informações ao Ministério Público, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos