Pastor Silas Malafaia é alvo de operação e está proibido de sair do País

Pastor Silas Malafaia
Pastor Silas Malafaia. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Polícia Federal cumpriu na noite desta quarta-feira, 20, mandado de busca pessoal e de busca e apreensão contra o líder religioso Silas Malafaia no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Foram executadas medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a proibição de deixar o País e de manter contato com outros investigados. O celular também foi apreendido.

Pastor alvo de investigação

Segundo o pastor, a investigação está ligada às articulações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para interferir no processo sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil.

O deputado defende anistia para os envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023, e suas ações são apontadas como determinantes para que o governo americano aplicasse sanções a autoridades brasileiras e impusesse uma tarifa de 50% sobre produtos exportados pelo Brasil, em vigor desde 6 de agosto.

“Há uma PF a serviço de Lula e de Moraes”, afirma Silas Malafaia

Malafaia, que organizou em 3 de agosto uma manifestação em apoio a Bolsonaro — evento no qual o ex-presidente apareceu em um vídeo transmitido por apoiadores —, criticou duramente a Polícia Federal e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

A aparição de Bolsonaro resultou, no dia seguinte, em sua prisão domiciliar por determinação de Moraes. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o pastor acusou a corporação e o magistrado de perseguição e censura, afirmando que “há uma PF a serviço de Lula e de Alexandre de Moraes”.

Durante o discurso, Malafaia disse desconhecer qualquer autoridade americana e alegou ter tomado conhecimento do inquérito pela imprensa.

Ele questionou os crimes citados na investigação, como obstrução de Justiça, coação no curso do processo, organização criminosa, abolição violenta do Estado democrático e ações contra autoridades, além de sanções internacionais contra o Brasil.

O pastor comparou a atuação da Polícia Federal à Gestapo, do regime nazista, e à KGB, da União Soviética, afirmando que o país caminha para uma “venezualização” e que a liberdade de manifestação de pensamento precisa ser respeitada. “Eu não vou me calar porque não tenho medo de vocês”, declarou.

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