
Donald Trump em evento no Salão Oval
ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (22) que Chicago, Nova York e San Francisco também podem sofrer intervenção federal na segurança similar à de Washington.
Desde meados de agosto, a segurança na capital norte-americana foi federalizada por ordem de Trump.
“Chicago, provavelmente, será a próxima cidade que tornaremos segura. Então ajudaremos com Nova York”, disse Trump à imprensa após um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca. “Podemos fazer uma limpa em San Francisco também”.
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O presidente republicano não informou quando as novas intervenções ocorrerão e também não forneceu números sobre a violências nas cidades citadas. Todas as três, além de Washington, são governadas por líderes democratas.
Após seu governo anunciar mais cedo números que mostrariam a queda da criminalidade em Washington D.C. desde que a Guarda Nacional chegou à cidade, Trump falou que Chicago está uma “bagunça”, que o prefeito é “extremamente incompetente” e que os moradores de lá estão implorando para que o mesmo seja feito por lá.
Reforço na segurança em Washington D.C.
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As tropas federais dos Estados Unidos chegaram a Washington no dia 12, um dia após Trump anunciar uma intervenção federal na segurança da cidade, dizendo que “o crime está fora de controle”.
Cerca de 800 homens da Guarda Nacional foram designados à capital, segundo o Departamento de Defesa americano. Segundo o jornal americano “The New York Times”, a intervenção federal na cidade tem previsão para durar 30 dias.
➡️ A Guarda Nacional é uma força híbrida vinculada ao Exército dos EUA, com função estadual e federal. Normalmente opera sob comando dos estados, com financiamento dos governos locais. Às vezes, os soldados são enviados para missões federais, ainda sob comando estadual, mas com recursos federais.
Autoridades locais criticaram a intervenção de Trump, e afirmaram que as tropas da Guarda Nacional não terão autoridade para realizar prisões. A prefeita de Washington D.C., a democrata Muriel Bowser, classificou a manobra de Trump como “alarmante e sem precedentes”. O procurador-geral de Colúmbia, Brian Schwalb, autoridade máxima da Justiça no distrito de Colúmbia, disse que a medida é “sem precedentes, desnecessária e ilegal”.
A medida de Trump ocorre após o presidente expressar algumas vezes, desde que retornou à Casa Branca em janeiro, o desejo de colocar Washington D.C. sob controle federal. A intervenção federal é interpretada pelos jornais dos EUA como “uma medida extraordinária de uso do poder federal”, e que pode expor os moradores da capital.