No esforço para abrir novos mercados a produtos brasileiros, diante do tarifaço de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebe nesta semana dois chefes de Estado: na segunda-feira (25), Lula se reúne em Brasília com o presidente da República Federal da Nigéria, Bola Tinubu, e, na quinta-feira (28), com o mandatário do Panamá, José Raul Mulino.
As duas visitas ocorrem uma semana depois de Lula receber, no Palácio do Planalto, o presidente equatoriano, Daniel Noboa, e dias após a visita à Colômbia, quando o presidente brasileiro participou da Cúpula dos Presidentes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
No dia 16 de agosto, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) celebrou a decisão do governo panamenho de autorizar a importação de ovinos e caprinos vivos para reprodução, além de material genético desses animais.
“Essas aberturas de mercado deverão contribuir para o aumento do fluxo comercial com esses importantes mercados, refletindo o alto nível de confiança internacional no sistema de controle sanitário brasileiro”, destacou o Itamaraty, em nota.
Segundo o ministério, nos primeiros sete meses de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 55 milhões em produtos agrícolas para o Panamá, com destaque para produtos florestais, cereais, farinhas e preparações.
Brasil – África
Já a Nigéria, país que possui a maior população do continente africano, com mais de 230 milhões de habitantes, tem dado passos importantes no estreitamento das relações comerciais com o Brasil.
Em 24 e 25 de junho, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) copresidiu a segunda sessão do Mecanismo de Diálogo Estratégico Brasil – Nigéria, em Abuja, capital nigeriana. Criado em 2013, o espaço é composto por sete grupos de trabalho (GTs) que envolvem temas como agricultura; comércio e investimentos; cooperação jurídica; policial e de inteligência; cultura; educação; ciência e tecnologia e saúde; defesa; energia e mudança de clima; e política externa. Nesses GTs se discutem ações conjuntas e se negociam instrumentos que estruturam a cooperação bilateral.
A reunião de junho foi um momento de preparação de visita do presidente nigeriano, Bola Tinubu, ao Brasil. Na ocasião, cerca de 200 empresários brasileiros e nigerianos participam de um fórum empresarial com foco na ampliação do comércio entre os dois países.
Segundo o Itamaraty, em 2024, o fluxo bilateral de comércio entre Brasil e Nigéria somou US$ 2,09 bilhões de dólares, o que representou um crescimento de 21% em relação a 2023.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência informou, nesta sexta-feira (22), que o Brasil ultrapassou a marca de 400 novos mercados internacionais abertos aos produtos do país desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, em janeiro de 2023.
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