Apreensões de sabão em pó falsificado em MG evitaram movimentação de R$ 6,7 milhões, diz Receita Estadual


Receita Estadual fecha 12 fábricas que produziam sabão em pó falsificado
A Receita Estadual de Minas Gerais evitou a movimentação de R$ 6,7 milhões em mercadorias pirateadas e a sonegação de R$ 1,2 milhão em impostos ao desmantelar esquemas de produção de sabão em pó falsificado entre maio de 2024 e agosto de 2025. Só neste ano, doze fábricas clandestinas foram fechadas no estado.
Durante as fiscalizações, os fiscais apreenderam 450 toneladas de produtos adulterados, que imitavam marcas conhecidas e tinham cor, cheiro e até embalagem semelhantes ao original.
“Nós começamos essa investigação, lá em maio do ano passado, partindo de uma própria sinalização da indústria de referência. Os consumidores estavam questionando a qualidade do produto. E aí eles [os fabricantes] começaram a perceber que o produto que estava chegando no mercado não era exatamente aquele que eles fabricavam”, afirmou Carlos Renato Machado Confar, superintendente de Fiscalização da Secretaria de Fazenda.
No mesmo período, além do sabão pronto, foram recolhidos insumos para a fabricação de outras 270 toneladas de sanitizante falsificado. Uma das operações mirou uma gráfica de Belo Horizonte que produzia as embalagens falsas, com logotipos copiados, rótulos impressos sem autorização e até elementos de marca registrada do OMO.
Identificação das fraudes
Desde 2021, amostras dos produtos são analisadas pelo laboratório de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os técnicos já identificaram o uso de substâncias como a bentonita, que garantem aparência semelhante ao sabão original, mas podem oferecer riscos à saúde.
“É uma falsificação, você não tem o controle de qualidade formal, então você não tem garantia que as mínimas práticas exigidas por lei vão ser feitas”, explicou o professor Marcelo Martins de Sena, do Departamento de Química da UFMG.
Em nota, a Unilever, fabricante do sabão OMO, informou que acompanha as investigações em cooperação com as autoridades. A empresa orienta os consumidores a ficarem atentos a sinais de falsificação, como falhas no fechamento da embalagem, ausência de gravação a laser nas datas de validade e diferenças na cor, textura, perfume e desempenho do produto.
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Divulgação/PCMG
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