As exportações do setor brasileiro de árvores cultivadas tiveram crescimento de 5% no primeiro semestre de 2025, totalizando US$ 7,9 bilhões em divisas. Os dados constam na nova edição do Mosaico, boletim trimestral produzido pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores).
Principal item da pauta exportadora do setor, a celulose puxou o resultado, com aumento das vendas em 10,8% em volume, chegando a 10,5 bilhões de toneladas, o equivalente a US$ 5,37 bilhões. As exportações de papel tiveram leve aumento de 0,8%, totalizando 1,3 bilhão de toneladas e US$ 1,2 bilhão. As vendas externas de painéis, por sua vez, tiveram queda de 6%, com 737 milhões de m3 enviados ao exterior, o equivalente a US$ 228,9 milhões.
A expansão das exportações no primeiro semestre deste ano também elevou a relevância do setor de árvores cultivadas na economia brasileira, segundo o levamento da Ibá. No período, sua participação no total de exportações do país, em dólares, atingiu 4,8%, resultado acima dos 4,5% do mesmo período de 2024. Além disso, a indústria brasileira de árvores aumentou sua participação no total vendido ao exterior pelo agronegócio, chegando em 9,7%, contra 9,2% na comparação anual.
Em termos de produção, foram 14,2 milhões de toneladas de celulose nos seis primeiros meses de 2025, alta de 11,8%. Já a produção de papel teve uma leve queda de 0,7%, sendo 5,6 milhões de toneladas produzidas no período.

MERCADOS
A China é o principal mercado comprador de produtos florestais brasileiros. As vendas para o gigante asiático atingiram US$ 2,6 bilhões no primeiro semestre de 2025, alta de 22,7% sobre o mesmo período do ano passado. A China aumentou a compra de celulose (+24,4%) e painéis de madeira (+19,4%).
A Europa aparece em segundo lugar, com as vendas no primeiro semestre chegando a US$ 1,8 bilhão, valor praticamente estável na comparação anual. Já as vendas para a América do Norte atingiram US$ 1,7 bilhão.
“Tivemos um primeiro semestre de crescimento nas exportações de celulose, papel e ligeira queda nos painéis. Devo ressaltar que vivemos período de grandes incertezas e alterações bruscas nas relações entre os países. Nesse cenário, o Brasil, como maior exportador de celulose do mundo, sexto maior exportador de papel e relevante exportador de placas, segue seu compromisso de oferecer soluções sustentáveis e competitivas para o mundo. A Ibá atua pela superação deste momento desafiador, fazendo articulações e defendendo o diálogo”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá.
O Boletim Mosaico está disponível no site da Ibá.
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