Em novembro de 2022, durante as comemorações da Noite das Fogueiras no Reino Unido, Kieran Shingler, um motorista de caminhão de 26 anos de Warrington, começou a se sentir mal. Os sintomas pareciam familiares: dor de cabeça, garganta inflamada, coriza. Na época, ainda sob a sombra da pandemia, ele suspeitou de Covid-19. Mas o teste rápido descartou essa possibilidade.
Kieran e sua namorada, Abbie Henstock, acharam que era apenas uma gripe forte. Tentaram seguir em frente. Porém, algo não encaixava. A condição de Kieran piorava, especialmente sua incapacidade de manter qualquer alimento no estômago. “Ele era tão ativo, estava treinando para um triatlo, malhando… Sabíamos que aquilo não era normal. Não era o Kieran que conhecíamos”, relatou Abbie mais tarde.
A persistência dos sintomas levou Kieran a buscar seu clínico geral. A orientação foi direta: ele precisava ir imediatamente ao Hospital de Warrington. Foi lá, após exames mais detalhados, que o mundo de Kieran desabou. Uma tomografia computadorizada revelou a causa oculta de seu sofrimento: um tumor cerebral agressivo e de crescimento rápido.
O diagnóstico foi um choque brutal. “Quando fui diagnosticado com um tumor cerebral, senti medo, raiva e sempre perguntei ‘por quê?’”, contou Kieran à BBC. A notícia mudou radicalmente o curso de sua vida jovem e promissora.
Inicialmente, ele achou que tinha pegado gripe (SWNS)
Transferido para o Walton Centre, em Liverpool, Kieran enfrentou uma série de quatro cirurgias complexas. Depois vieram meses desgastantes de radioterapia e quimioterapia. Por um momento, houve um vislumbre de esperança: o tratamento conseguiu reduzir significativamente o tamanho do tumor. Era uma vitória temporária, mas significativa.
Infelizmente, a trégua não durou. Em um exame de rotina em junho de 2025, a terrível notícia chegou: o tumor havia retomado seu crescimento. Essa recidiva confirmou o prognóstico sombrio que Kieran e sua família já conheciam desde uma data crucial: 29 de dezembro de 2022.
Naquele dia, pouco antes de outra cirurgia importante para instalar um shunt permanente, os médicos informaram à família Shingler que o tumor era um Astrocitoma Grau 3. Essa classificação significava uma expectativa de vida média de cerca de doze meses a partir do diagnóstico inicial.
Diante da adversidade extrema, Kieran destaca o apoio inabalável ao seu redor. “Não teria conseguido passar pelos últimos anos sem o apoio dos meus amigos e família, mas especialmente da minha mãe e da Abbie”, disse ele. “Elas sempre me colocaram em primeiro lugar e serei eternamente grato por isso.” Abbie reforça essa rede de suporte, compartilhando a difícil jornada ao lado do parceiro.
A luta de Kieran inspirou uma onda de solidariedade. Ele, sua família e amigos mobilizaram sua comunidade e além, arrecadando impressionantes £52.000 (mais de R$ 350.000) para a instituição de caridade The Brain Tumour Charity. Os recursos visam apoiar pesquisas cruciais e ajudar outras famílias enfrentando desafios semelhantes.
A história de Kieran ressalta um alerta médico vital. Os sintomas de um tumor cerebral podem ser inespecíficos e facilmente confundidos com doenças comuns, como resfriados ou gripes.
O Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS) lista sinais que merecem atenção médica, especialmente se persistentes ou combinados: dores de cabeça frequentes e intensas, convulsões, náuseas e vômitos constantes, sonolência excessiva, alterações mentais ou comportamentais (como problemas de memória) e dificuldades com a visão ou a fala. A localização do tumor no cérebro determina quais sintomas se manifestam.
Esse Homem com tumor no cérebro recebe 12 meses de vida após confundir nariz escorrendo com gripe foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
